segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Corrida Duque de Caxias em Jacobina


Jacobina recebeu neste domingo, dia 29 de agosto de 2010, a 25ª Corrida Duque de Caxias. A prova realizada pelas ruas da cidade, e contou com a presença de milhares de corredores para a disputa dos percursos de 5 km e 10 km. Com largada às 8h para os 10km e 8h e 30min para os 5km, o tempo seco e quente atrapalhou um pouco, afetando um pouco a performance dos participantes.

O percurso foi reto, sem subidas e descidas isso facilitou um pouco para os corredores exaltou a Professora de educação física Luciana Nobre.

Desafio é o que importa
Impressionada com os desafios que a corrida poderia proporcionar, a professora Luciana Nobre começou a sua paixão pela atividade física e aeróbia.

“A corrida tem muitos desafios, o que me deixa bastante motivada para continuar a correr. Procurar cumprir suas metas e recriá-las conforme o avanço é bem prazeroso”, disse a professora de 40 anos, sendo 15 deles de muita corrida.

Mas nem tudo são flores. Luciana sofreu com o sol e o tempo seco logo de manhã. “Logo às 8h o tempo já estava quente e com baixa umidade. Esse tipo de clima só dificulta a pratica da corrida”, exaltou.

Amor a primeira vista
Mesmo correndo há pouco tempo, Laudiceia não teve dúvida sobre sua paixão pela atividade física. A Corrida Duque de Caxias foi sua primeira competição após emagrecer 32 kg, mas tudo com o mesmo propósito: correr e correr bem.

“Mesmo com pouco tempo de passadas já sinto algo diferente. Comecei querendo emagrecer, mas não imaginava o quanto eu poderia gostar do esporte”, disse Laudiceia aluna da professora Luciana Nobre.

Quando perguntado sobre sua nova experiência, Laudiceia fala “ Foi uma nova influência na minha rotina e já virou um vício pra mim”.

Parabéns Laudiceia pela sua persistência e determinação !!!! Sua personal trainner Luciana Nobre

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

IMPORTANTE DICA AOS CORREDORES

O sódio é um nutriente essencial ao bom funcionamento do nosso organismo. Este mineral auxilia na manutenção de nossa pressão arterial e é também imprescindível à função normal de nossos músculos e nervos. A necessidade para adultos sedentários ou que praticam atividade física leve é de 2000 mg por dia, porém indivíduos ativos, principalmente aqueles que praticam atividades com duração superior a uma hora devem consumir maiores quantidades de sódio para evitar a hiponatremia (queda da quantidade de sódio no sangue).
Em maratonistas, a hiponatremia é geralmente dilucional, ou seja, causada pelo excesso de água no sangue. Isto ocorre já que corredores de longa distância possuem mais tempo e mais oportunidades para ingerir líquidos em quantidades excessivas. Os sintomas da hiponatremia às vezes são imperceptíveis, porém o comum é que evoluam causando distensão abdominal, náusea, fadiga, vômitos, dores de cabeça, desorientação, e até complicações mais graves como a parada respiratória, coma, danos cerebrais e morte.
Como prevenir a hiponatremia?
Treinando. Atletas bem treinados apresentam um menor risco para a hiponatremia, já que, além de conhecerem melhor seus corpos e seus limites, costumam correr mais rápido, ingerindo menos líquidos do que os corredores mais lentos. Além disso, quanto mais treinado o atleta, melhor é sua adaptação ao calor, ao estresse e menor é sua perda de sódio no suor.
Hidratando-se adequadamente. Evite ingerir apenas água em provas longas. O ideal é consumir bebidas isotônicas, que contenham pelo menos 0,5 a 0,7 g de sódio por litro de solução. Em provas longas é importante ingerir também alguma fonte de carboidrato para manter a concentração de glicose sanguínea em níveis ótimos. Busque soluções que contenham também sódio. A maioria dos géis de carboidratos contém cerca de 55 mg de sódio a cada 40 g
Ajustando. Como cada pessoa perde uma quantidade diferente de água e sais minerais, já que esta perda varia de acordo com o treino, o peso, o sexo, a temperatura e a umidade do ambiente, o ideal é descobrir qual é a quantidade de água geralmente perdida durante os treinos. Para isso deve-se pesar antes e depois da corrida. Além disso, como a quantidade de sódio perdida no suor não é igual de indivíduo para indivíduo, estes ajustes devem ser feitos preferencialmente nos dias dos treinos. Se achar complicado peça ajuda a um treinador, médico ou nutricionista. A não reposição de líquidos costuma ser menos grave do que a não reposição de sódio.
As bebidas isotônicas nem sempre repõem todo o sódio perdido. Se você transpira muito ou se o seu suor é muito salgado, seja mais cauteloso. As principais marcas disponíveis no mercado fornecem cerca de 440 mg de sódio por litro. Como a cada quilo de peso perdido você precisa repor entre 700 e 1000 mg de sódio e mais o equivalente em líquido, o isotônico precisará ser complementado com outras fontes de sódio, ou seja, para um quilograma perdido, você deverá ingerir 1 litro do isotônico, que fornece 440 mg de sódio. Se você tiver ingerido um sachê de 40g de maltodextrina, terá consumido também mais 55 mg de sódio. Portanto, 440 + 55 = 495 mg.
Para atingir pelo menos os 700 mg mínimos que deveriam ser repostos ainda faltam 205 mg de sódio. Veja abaixo, algumas opções para essa complementação.
Opções de sal extra
3 biscoitos salgados
0,5 g de sal (1/2 sachê)
35 g de pão francês
1,5 fatia de pão de forma
50 g de queijo muzzarela
65 g barra energética (varia de acordo com a marca)
1 unidade dos suplementos Thermolabs, Saltstick,
Lavasalts ou Endurolytes

domingo, 22 de agosto de 2010

10 erros comuns antes da prova

1) NÃO PROCURAR SE INFORMAR SOBRE A CORRIDA. Ao contrário de anos atrás, quando se ia para uma prova sem muitas informações, e as surpresas aconteciam, atualmente o corredor tem facilidade para saber sobre os eventos, através de publicações e pelos inúmeros sites voltados ao segmento. A CR procura cumprir esse papel e está sempre disponível para esclarecer dúvidas sobre provas não apenas no Brasil, como também do exterior.
2) NÃO DESCANSAR O SUFICIENTE NA SEMANA. Apesar de existir toda uma teoria sobre treinamento, envolvendo várias fases de preparação, na prática sabe-se que a maioria dos corredores não realiza um planejamento de médio e longo prazo, com exceção, talvez, quando se tem em vista uma maratona ou um evento semelhante. Dessa forma, se a prova é de 10 km ou uma meia-maratona, o que se faz é realizar treinos mais rápidos e mais curtos ou um pouco mais longos e não tão fortes, para essas duas situações citadas como exemplo. Não é nada "científica" tal preparação, mas é corriqueira, porque acaba funcionando de alguma forma. Só que muitos costumam manter ou até intensificar os treinos na semana da prova, para não perder condicionamento, o que geralmente é um erro, pois se vai chegar na competição não devidamente descansado. Uma regra que os mais experientes logo constatam é a seguinte: treinos excelentes durante a semana, prova ruim no fim de semana. Portanto, para a próxima competição, opte por fazer a última semana leve, mesmo porque está provado que não se perde condicionamento em alguns poucos dias de descanso.
3) FAZER UM CAFÉ DA MANHÃ DIFERENTE DO HABITUAL. Esta recomendação está em todos os lugares e já é um lugar comum. Mas ao contrário de outras que vem sendo contestadas ou colocadas em dúvida (pela Contra-Relógio), como a necessidade de alongamento imediatamente antes de começar a correr ou a recomendação para se beber um copo d´água a cada 20 minutos, esta continua valendo e deve ser seguida, para que não se tenha surpresa antes da largada ou durante a prova. Com o agravante que banheiros costumam estar sempre cheios na área da concentração e raramente são encontrados no percurso...
4) USAR ROUPA OU TÊNIS NOVO. Outro alerta que se lê em todos os sites, revistas etc, mas curiosamente não costuma ser levado em conta por grande parte dos corredores, seja porque o desejo de estrear algo novo bate mais forte, ou porque não se considera tal recomendação como muito importante. É verdade que hoje em dia a vestimenta para a prática da corrida é algo especializado para dar o maior conforto possível ao esportista, assim como os tênis parecem que já vem "pré-amaciados", tal a qualidade que apresentam. Mas, mesmo assim, não vale a pena correr o risco de sofrer um incômodo durante a prova, por conta da roupa ou do calçado, recomendação válida especialmente para as mais longas, onde o problema tem mais chance de aparecer.
5) IR PARA A PROVA, COM POUCA ANTECEDÊNCIA E NÃO SABENDO PRECISAMENTE O LOCAL. Em várias cidades os participantes já conhecem bem onde as corridas costumam acontecer, mas não se pode esquecer que mudanças de trânsito, até por conta do evento, são sempre possíveis de ocorrer, daí este alerta, que merece especial atenção quando se trata de provas em outras cidades. Só quem já chegou atrasado para uma largada sabe o quanto é desagradável. Efetivamente, não é uma experiência que valha a pena passar.
6) NÃO PASSAR VASELINA. OUTRA RECOMENDAÇÃO CONHECIDA E MUITAS VEZES ESQUECIDA. Ela é indicada notadamente para os dias mais frios, para os corredores mais pesados e quando da participação em percursos longos. Além dos mamilos, sugere-se passar vaselina também entre coxas e na parte genital. Alguns gostam de usar o produto nos pés, igualmente para evitar assaduras, mas é necessário atenção para não exagerar, para que os pés não fiquem "dançando" na meia/tênis.
7) ALONGAR POR MUITO TEMPO. Este hábito já está arraigado entre inúmeros corredores, ainda mais que várias são as provas que fazem uma seção de alongamento pouco antes do tiro de largada. Como a revista mostrou em edições anteriores, esse "puxa-estica" imediatamente antes de começar a correr não traz qualquer ajuda (para evitar lesões ou para correr melhor) e pode até prejudicar a performance. O indicado é que se faça um simples aquecimento, através de trote, ou que se comece sem forçar, para ir acostumando a musculatura.
8) FICAR BEBENDO BASTANTE LÍQUIDO ANTES DA LARGADA. Da mesma forma que os alongamentos antes do começo de uma corrida, a falta do que fazer leva muita gente a ocupar o tempo ingerindo líquidos, para começar a prova "bem hidratado". O problema é que as pessoas exageram, e o resultado é a necessidade de parar no percurso, mesmo que a distância seja de apenas 10 km, para urinar. Antigamente acontecia de algumas corridas não garantirem um bom abastecimento durante o trajeto, mas agora o que se vê é até o contrário, com inúmeros postos de água e isotônico, daí não ter muito sentido essa preocupação com a hidratação prévia.
9) ESQUECER DE AMARRAR FIRME O TÊNIS. Naturalmente que todo mundo sabe da importância de amarrar bem o tênis, ainda mais que se precisa prender o chip. Acontece que mesmo quando essa operação é feita com cuidado, os cadarços podem se soltar durante a competição, atrapalhando o corredor e o fazendo perder algum tempo. Isto acontece especialmente quando está chovendo ou quando se transpira muito (ou se joga bastante água no corpo), fazendo com que os cadarços se amoleçam e soltem. A solução é muito simples: basta dar um nó no cadarço, após o laço. Também existe um dispositivo para prender firme o laço, enquanto alguns preferem colocar para dentro do tênis os cadarços.
10) SE POSICIONAR O MAIS NA FRENTE POSSÍVEL. É lógico que todo mundo quer sair perto da linha de largada, para não perder tempo no momento em que o congestionamento é maior, como acontece cada vez mais em nossas corridas, especialmente as nas grandes cidades. Só que esse empenho para se posicionar na frente acaba sendo pouco producente e até perigoso, a não ser que você seja efetivamente um corredor rápido. O tempo que se perde nas largadas costuma ser inexpressivo e, além disso, as provas costumam considerar os tempos líquidos, contados apenas a partir do momento em que a pessoa passa pelo tapete da largada. E a saída entre os mais rápidos, pode acarretar uma queda e muito provavelmente alguns xingamentos ou empurrões, por estar atrapalhando os demais.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Saiba a relação entre exercícios físicos e as dietas de emagrecimento

Para quem quer perder peso, a estratégia hoje que parece consensualmente uma das mais aceitas é a de se conciliar uma dieta para redução de ingestão calórica, com a prática de exercício físico, o que geraria um maior gasto energético. Tudo tem que ser feito de forma sem exageros, porque qualquer dieta que prometa mais de um quilo a cada duas semanas, pode ser uma mentira ou um desastre.

Um importante e detalhado estudo mostrou que as pessoas que faziam um registro de tudo aquilo que haviam comido, tinham maior perda e controle do peso no regime. As vantagens disso se mantinham mesmo que as pessoas sequer consultassem depois suas anotações! O simples ato de anotar parece fazer com que a pessoa tenha uma melhor ideia de quanto ela come. Nas pesquisas de saúde pública vemos sempre que as pessoas dizem se exercitar muito mais e comer muito menos do que realmente fazem.

Para piorar, o grande desafio pra quem quer fazer tudo sem consultar um profissional, é o baixo conhecimento médio das pessoas sobre o tema. As pessoas não sabem o quanto consumir, nem quando, nem o quê. Nem mesmo a experiência parece ser uma fonte segura, pois diversas pesquisas entre atletas e treinadores mostram que mesmo entre os de alto desempenho há um baixo conhecimento teórico sobre nutrição.

Não importando a pessoa, a sensação de sede é um excelente indicador de hidratação, mas a fome não é um indicador nada confiável de necessidade energética! Vejamos algumas armadilhas que já falamos aqui.

- A simples exposição a comerciais de fast food faz com que comamos mais;
- Algumas cidades americanas decidiram colocar valores calóricos nos cardápios das lanchonetes, mas o consumo não se alterou;
- As cadeias de lanchonetes mais “saudáveis” acabam fazendo com que as pessoas comam mais por acharem que os pratos são mais leves;
- Pratos light são erroneamente subavaliados quanto aos valores calóricos;
- Testes com “combos” de redes de fast food são muito subavaliados na quantidade calórica;
- Um homem quando acompanhado de uma mulher come mais do que sua média, enquanto ela come menos que o habitual;
- Pessoas instruídas a caminhar um pouco consumiam muito mais quando a elas se dizia que haviam feito exercício físico;

Ou seja, nossa decisão de comer ainda é muitas vezes um grande mistério sem lógica. Uma recente pesquisa da pesquisadora Dolores Albarracín, da Universidade americana de Illinois, mostra que a simples menção a campanhas de praticar exercício faz com que comamos mais, mesmo sem se exercitar. No estudo temos que as pessoas expostas a pôsteres simples com dizeres como “matricule-se em uma academia”, ou “pratique caminhada”, fez com que os estudados comessem muito mais do que os expostos a mensagens neutras! Ou seja, o simples gesto de ler algo relativo a exercício, já os fez consumir 30% mais, como se eles já estivessem treinando!

Então, preste atenção no que você come no dia a dia e o quanto faz de atividade física, para obter um equilíbrio e evitar brigas desnecessárias com a balança.

terça-feira, 17 de agosto de 2010


Eu no mural do circuito inverno adidas

Competências

Segue aqui uma reflexão sobre as competências profissionais valorizadas atualmente. O que vale mais o conteúdo ou a forma? Será que dá para separá-las?
Boa leitura…
Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente.
Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou Marketing pessoal.
Figuras como o Raul.
Eu conheço o Raul desde os tempos da Faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio. Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho – com tinta nanquim. Já o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que o seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase. Deu no que deu.
O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena – que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas.
No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de “paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino”. E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo. Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos. E quem era o chefe do Pena?
O Raul. E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito. O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação. Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava. Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito. Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa. Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta. E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta. O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.
Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul.
E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de um valor inestimável: ele entendia de gente. Entendia tanto que não se preocupava em ficar na sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos. E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler,que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima: “Qualquer tolo pode pintar um quadro. Mas só um gênio consegue vendê-lo”, costumava dizer Butler. Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas. Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert, e todo pintor comum, um gênio.
Max Gehringer, Revista EXAME – 15/09/04

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mexa-se


A ação dos profissionais de Educação Física perante o mercado mudou de tal forma que hoje eles querem mexer não tanto com o corpo, mas muito com a cabeça das pessoas.

A intenção dos profissionais mais sintonizados e comprometidos com as novas tendências desse mercado é mudar a maneira de pensar, é interferir no comportamento de quem ainda não foi persuadido a adotar uma postura saudável na vida.

É preciso contagiar mais e mais pessoas com essa vontade de se cuidar, de manter a mente viva e disposta, de usufruir das maravilhas que o ser humano é capaz de fazer com seu corpo e viver na plenitude do bem-estar.

O exercício físico quer fazer parte da história de pessoas vencedoras que precisam e querem mudar seus comportamentos e se tornarem melhores.

Ele quer estar presente em cada passo e em cada escolha de cada pessoa. Ora, exercício físico é Educação Física, Fisioterapia, Nutrição e por fim é Educação. De crianças, jovens, adultos, idosos, todo mundo.

A prática física quer abrir os olhos das pessoas para as atitudes facilitadoras do bem-estar. É preventiva e remediadora. A prática freqüente ensina a fortalecer para não fraquejar, alongar para ser flexível, trabalhar a respiração para poder persistir.

Ela desafia as pessoas para que elas possam ir até onde não sabiam que era possível. A prática regular de exercícios físicos gera autoconhecimento. É o aprendizado do corpo e da mente: todos aprendendo sobre ele e com ele, ao longo da vida

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Eu, Renato e Claudia
Circuito Inverno Adidas 08/08/10

Pensamento positivo para correr melhor

Eu e Paulo Emilio na Corrida Circuito Inverno Adidas 08/08/10

Sua mente está preparada tanto quanto seu corpo para encarar os desafios? Veja como fazer dela uma poderosa aliada em suas corridas.
Você define uma meta - correr 3, 5, 10, 42 quilômetros. Foca no treinamento físico, seu corpo responde bem aos exercícios e, ao final, parece estar 100% para enfrentar qualquer desafio. Mas será que sua cabeça acompanhou o ritmo? Longe de querer ser uma reportagem de auto-ajuda, nosso objetivo aqui é mostrar que além de acumular quilometragem você deve "treinar" sua mente. Essa "preparação psicológica" - que envolve desde mentalizar imagens positivas a controlar as emoções antes e durante uma prova ou treino importante (como um longão) -, pode ajudar consideravelmente em sua próxima corrida.
Por meio das mais diversas pesquisas, cientistas já mostraram o quanto a mente tem influência sobre o corpo e o bem-estar. Uma delas, inclusive, foi realizada com atletas. Em um primeiro momento eles eram convidados a repetir a seguinte frase: Meus braços são fracos, meu corpo pesa muito, estou em má forma. Em seguida, tinham de fazer flexões de braços. O desempenho foi péssimo para todos. Algumas horas mais tarde, foram orientados a trabalhar a cabeça de maneira mais positiva: Meus braços são fortes, meu corpo é leve, estou em boa forma. Na hora das flexões, os resultados foram surpreendentemente melhores.
"Apenas o fato de pensar em um evento estressante, negativo ou de muito medo já dispara em nosso organismo uma série de mudanças bioquímicas e físicas (cortisol, adrenalina, tensão muscular, respiração ofegante, batimentos cardíacos acelerados), que alteram cérebro e corpo, a fim de reagir prontamente, se defendendo. Essa reação tem o nome de luta ou fuga e é produto da evolução da espécie humana", explica a psicóloga do esporte Carla Di Pierro, do Instituto Vita, de São Paulo.
SOMOS UM SÓ. De atletas de elite a corredores comuns, somos corpo e mente, não apenas um ou outro. "A visão dualista de Descartes é ultrapassada, mas muitos insistem em enxergar corpo e mente separados, o que é um grande erro. O bom atleta é bem preparado física e emocionalmente para lidar com os treinos e a competição. E assim como treinamos o corpo e ganhamos condicionamento, podemos treinar como agir, o que pensar e como se comportar durante a corrida", orienta Carla Di Pierro.
Segundo Daniela Szeneszi Lops, psicóloga do esporte e mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina, a cabeça pode ser treinada desde o primeiro dia em que você começa a correr. "O corredor deve traçar objetivos bem simples e alcançáveis, para ir aumentando a motivação e a autoconfiança, como por exemplo correr três quilômetros sentindo-se bem. Ou seja, tire um pouco o foco da performance e desloque-o para as sensações na hora do exercício. Isso vale para qualquer quilometragem", diz a especialista.
A maneira de interpretar e valorizar os eventos que acontecem ao redor do seu treino e como seu corpo está no momento é outro fator importante para a "malhação mental". Afinal, a cabeça segue nossas instruções. Se você se enxerga cansado, se arrastando, muito provavelmente é isso que vai acontecer. Ao contrário, se mentaliza boas passadas, respiração ritmada e postura, suas chances de correr melhor aumentam, porque seu cérebro entende que é assim que é para fazer. "Alguns atletas se imaginam como super-heróis correndo e isso os ajuda a manter postura interna e externa para ter melhor performance e motivação", acredita Daniela Lops.
Em uma competição, a tática também é válida. A psicóloga do Instituto Vita conta que é como se a gente usasse uma ‘lente de contato': se você valoriza a corrida como uma prática saudável e compete porque sente prazer, a prova será interpretada por esta ‘lente' como algo positivo e prazeroso. Agora, se você enxerga a competição como ‘o grande momento de aprovação da sua vida, algo penoso e difícil', provavelmente não vai se motivar a correr uma prova ou competirá com muito esforço e dificuldade, levando a alta ansiedade e ficando muito vulnerável às sensações de dor e fadiga.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ser um é diferente de ser mais um


Quando escolhi a faculdade de Educação Física, o fiz por ter praticado alguma modalidade esportiva na adolescência, mas também por acreditar na profissão e querer ganhar dinheiro.No primeiro momento, ouve desaprovação por parte da família, que tinha uma visão distorcida do curso, aliás, muito disso é culpa de alguns colegas que insistem em não saber se posicionar profissionalmente perante a sociedade. A conseqüência é a baixa valorização que recebem em troca. Comecei a observar as oportunidades que o mercado estava oferecendo, pois se o primeiro bilhão da economia veio através dos automóveis, o segundo aconteceu através da informática. Esses fatos resultaram em pessoas cada vez mais sedentárias, portanto, em algum momento, o terceiro ou o quarto bilhão deveria ser algo relacionado à saúde e atividade física. Logo, era para isso que eu deveria me preparar.Mas, como todo começo é difícil, trabalhei como “estagiário” e como funcionário em escolas, clubes e academias, pois em determinados momentos o mercado de trabalho restringe as opções, obrigando a trabalhar naquilo que não se gosta. Portanto, se aqueles estágios e empregos eram momentâneos e exploradores, por outro lado fortaleciam as minhas convicções de buscar ser o melhor. Assim, fui me posicionando como destaque perante os colegas e o mercado. Enquanto muitos profissionais se preocupavam com o próprio corpo, em ficar se exibindo para o sexo oposto e trabalhando em demasia em locais que não os valorizava, eu investia as minhas parcas economias em livros, em cursos, em eventos e principalmente em viagens. Estas, aliás, significam grande investimento pois se conhecem outras culturas, línguas, comidas, músicas, lugares, fazem-se ótimos networks e se volta renovado para a realidade, cheio de novas idéias. E são essas idéias que se transformam em grandes negócios, impedindo a acomodação, estimulando a criação de soluções para situações vividas por clientes e outros profissionais, tornando-se um diferencial do trabalho, vez que agrega valor ao serviço.Sempre acreditei que não se deve desperdiçar energia com improviso ou imprevisto. Embora o improviso nessa área seja tolerável e aceito em muitos casos, o planejamento é mais seguro. Planejar a vida, a carreira, é inevitável, mas é preciso ter um foco, tanto no prazer quanto no trabalho. Quando se faz isso, a autoconfiança transborda e contagia todos a volta. Tornamo-nos referência para todos.Com o passar dos anos o foco, o acumulo de experiência, unido ao embasamento científico, permitem a obtenção de inúmeras conquistas profissionais. Nesse sentido não nos contentamos em apenas ministrar ou controlar uma sessão de treinamento físico, queremos também que algo útil de nós permaneça na vida das pessoas. Nessa hora, o sucesso se faz presente e é bom aproveitar a onda de boas novas e ir além do que podíamos imaginar, ou do que não queríamos acreditar, pois o pensamento positivo nós ajuda a interpretar os anseios dos nossos clientes. Assim, desenvolvemos novas e melhores maneiras de ajudá-los a experimentar as renovadas emoções que a atividade física pode oferecer.Essas informações são essenciais aos dias de hoje. Daqui a 20 ou mais anos serão as mesmas? Talvez algo mude. Porém se nós mantivermos saudáveis, curiosos, atentos ao que esta se passando, entenderemos a contemporaneidade sem risco de errar. O bom profissional sempre terá espaço no mercado de trabalho.