domingo, 26 de setembro de 2010

Antes de escolher entre a rua e a esteira, pese as vantagens de cada uma


Ter um objetivo, como emagrecer ou completar uma prova, também ajuda na decisão

A escolha por correr na esteira ou na rua implica bem mais do que uma definição de espaço. Apesar dos movimentos idênticos num e noutro lugar, as condições específicas de cada uma chegam a dar impressão de que se trata de esportes diferentes (a ponto de quem corre na esteira não conseguir se desenvolver bem na pista e vice-versa.

A esteira é uma manta de rodagem com velocidade constante, rodando sem parar sob seus pés. Por isso que, para se correr mais rápido em uma esteira, o aluno inconscientemente começa a correr para cima, e não para frente como seria o correto. Dessa forma, o atleta tende a aumentar somente o que chamamos de tempo de vôo (tempo entre uma pisada e outra na esteira).

Mas vale lembrar que a esteira é uma ótima pedida para treinar. Aquece o corpo quando o clima está ruim ou quando o aluno está se recuperando de alguma lesão e precisa de um ritmo lento e constante para que o corpo volte a se acostumar com o esporte neste último caso, é importante verificar se o aparelho conta com um bom sistema de amortecimento, poupando a articulações.

Já a rua é composta por diferentes pisos e fatores externos que interferem no desempenho. A variação nos calçamento exige atenção: o asfalto gera maior impacto nas articulações, mas traz uma resposta mais rápida em termos de velocidade. Correr na terra, na areia batida ou na grama é indicado para quem busca mais amortecimento do impacto. Além disso, esses terrenos trabalham mais equilíbrio, coordenação motora e propriocepção (capacidade de reconhecer os limites do seu corpo, sem precisar de estímulos como a visão ou movimentos de força).

Um treino ideal deve combinar as duas versões, trabalhando na mesma medida todas as habilidades e garantindo a evolução integral do corredor. Mas, melhor do que ficar parado, é experimentar a esteira opção a mais prática para muita gente. Não tem problema com chuva, o piso é mais plano e seguro. Mas note que, se há intenção em participar de competições, os treinos ao ar livre são indispensáveis para de adaptar e ter certeza do seu nível de rendimento.

Com relação ao gasto calórico, não se abale só por isso. A intensidade e a freqüência dos treinos interferem bem mais na queima calórica do que o piso onde você corre. Uma dica para simular alguma resistência do ar na esteira e equilibrar a postura é colocar uma leve inclinação de 0,5% nos treinos de esteira. Tome cuidado com o incremento de inclinações maiores que essa, que podem forçar demais as articulações e sobrecarregar sua coluna.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Respeite os limites do seu corpo ao correr


A empolgação é uma delícia. De repente, você percebe que está evoluindo cada vez mais no esporte e não tem vontade nenhuma de parar. Ao contrário, quer mais, mais e mais. Não são raros os depoimentos de quem se sente assim em relação à corrida.

Mas a lição é só mais uma das tantas que o esporte tem a nos ensinar: é preciso ir com calma se você pretende continuar se exercitando. Seu corpo tem limites e precisa que eles sejam respeitados. A síndrome do supertreinamento (ou overtraining, como chamam os especalistas) traz riscos sérios à saúde. Nos casos mais graves, até a proibição de correr até que a recuperação se complete.

Cada aluno tem características diferentes, portanto suporta sobrecargas diferentes de treino. É preciso ter sensibilidade para observar e graduar a evolução do programa, sem exigir demais de você. O professor ajuda neste processo, distinguindo o esforço que é parte do desenvolvimento daquele que representa uma agressão ao organismo.

Mas a sua própria avaliação é fundamental (veja mais abaixo). No início dos treinos, é bem difícil fazer isso. O corpo está acostumado ao sedentarismo e vai responder aos treinos com dores e cansaço. Normal, não se assuste ou ache que está pegando pesado demais. Com um mês de prática, mais ou menos, esta percepção de si mesmo já vai estar melhor. E, cada etapa, vai ficando mais simples reconhecer e vencer seus limites de forma natural e saudável.

O ideal é sempre começar com uma carga de treino mais leve. À medida que o atleta responde positivamente, há o aumento gradativo, num processo constante. Ora o foco é na velocidade, ora no ritmo, ora ano rendimento e assim por diante. Não faltam desafios ao atleta que deseja progredir.

De qualquer forma, alguns alertas do nosso corpo indicam quando a evolução está sendo feita com sobrecarga EXAGERADA. Notando mais de três mais dos sinais abaixo, vale reavaliar o método de treinamento usado e, quem sabe, retroagir uma etapa. Sua saúde agradece.

- taxas sangüíneas alteradas
- irritabilidade
- insônia
- freqüência cardíaca basal aumentada
- freqüência cardíaca nos treinos aumentada
- falta de apetite
- perda de peso
- cansaço excessivo
- sono excessivo durante o dia
- falta de libido
- ausência ou desregulagem do ciclo menstrual (mulheres)
- dificuldade de recuperação no pós-treino
- contusões e resfriados freqüentes
- dores de cabeça
- sede anormal
- ansiedade
- sudorese aumentada
- depressão

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Variação da frequência cardíaca na corrida depende de diversos fatores


Alguns fatores influenciam nos batimentos cardíacos durante a corrida. Saiba como o clima, a desidratação e até mesmo o estresse podem afetar a medição de sua frequência cardíaca

Responsável por tornar os treinos mais produtivos, o controle da frequência cardíaca dita o ritmo das passadas de um corredor, que necessita de conhecimento para nivelar o seu treino, aumentando ou diminuindo sua intensidade. Conforme o nível de condicionamento aeróbio do atleta, maior é sua resistência cardíaca.

Entretanto, involuntariamente, a frequência cardíaca não é totalmente constante, sofrendo variações conforme fatores externos e, consequentemente, influenciando diretamente na corrida. Fatores como estresse, horário do dia, desidratação, temperatura, umidade e adrenalina são uns dos responsáveis pelas alterações.

Horário do dia

Existe uma diferença considerada grande em treinos logo pela manhã, ou em outros horários do dia. Chegando muitas vezes a dez batimentos cardíacos a menos que nos outros horários.

“Por causa da ação dos hormônios adrenalina e cortisol e pelo metabolismo basal, a corrida pela manhã tem a característica de ter uma menor frequência cardíaca, já que o corpo ainda está agindo como se estivesse em repouso”, afirma Ricardo Arap, diretor técnico da Race.

Devido às alterações de humor e do estresse do dia-a-dia, contudo, é bastante individual o horário em que a frequência cardíaca é mais elevada, não havendo, assim, uma medição específica.

A influência da hidratação e da temperatura

A hidratação corporal e a temperatura do local de treino, seja ele a academia, parque ou ruas, também devem ser levados a sério durante os treinamentos, já que também exercem influência nos batimentos do coração.

No caso da hidratação, por exemplo, é bastante comum a variação. “Quando o atleta está desidratado, o fluxo sanguíneo abaixa e é bombeado mais vezes, para dar conta de todas as partes do corpo, aumentando a frequência cardíaca”, diz Rodrigo Lobo, da Lobo Assessoria Esportiva.

Por causa da pressão corporal, a frequência cardíaca também aumenta em altas temperaturas, crescendo de 2 a 8 batimentos por minuto. Potencializando os seus efeitos, a umidade relativamente alta também irá interferir da mesma maneira.

Treino é treino...

Ao treinar, a frequência cardíaca não será a mesma de uma prova. A adrenalina durante uma competição aumentará muito mais os batimentos cardíacos, que deverão ser controlados durante o trajeto. “Tem gente que sem correr e só de ficar na largada acaba extrapolando o seu limite de frequência cardíaca. Esse aumento é normal, mas deve ser controlado e o corredor deve tentar deixá-lo o mais constante possível”, afirma Lobo.

Para saber lidar melhor com as frequências cardíacas, o uso de frequencímetros acaba sendo um dos melhores meios de calcular o batimento certo. Além disso, a presença de um profissional é também recomendada. “Além de usar meios para controlar os batimentos cardíacos, o atleta deve procurar um profissional do ramo, que irá fazer uma planilha adequada a frequência, usando a favor do corredor, e não de uma forma que possa o prejudicar”, finaliza Arap.

sábado, 18 de setembro de 2010

Derreta a raiva com suor

Todos nós já tivemos um dia de raiva. Uma explosão de fúria mais agressiva. Mas quando esta irritabilidade se torna um padrão de comportamento diário, especialistas concordam que é preciso agir. Cerre os dentes e… comece a treinar
Instabilidade emocional, alterações de humor, irritabilidade, ansiedade, solidão, depressão. Indivíduos impulsivos, vulneráveis, em tensão excessiva. Os factores referidos são alguns dos que interferem no quotidiano do indivíduo ao nível pessoal, relacional, social e profissional, causando mal-estar e sofrimento. São problemas de saúde mental que podem ter uma abordagem terapêutica baseada na opção de estilos de vida saudáveis. O grande desafio é a gestão dos fatores e a escolha de atividades adequadas para a sua diminuição.
Como é que o exercício ajuda a controlar a raiva?
A prática de exercício físico é um dos procedimentos favoráveis à qualidade de vida, diminuindo os níveis de stress e aperfeiçoando a dificuldade no controlo de impulsos. Um estudo publicado em Novembro na revista científica Pediatric Exercise Science revela que os adolescentes com excesso de peso podem beneficiar de um programa de exercício físico regular. Após uma investigação de 15 semanas, a psicóloga responsável – que acredita que o mesmo efeito possa ser semelhante em adultos – considera o exercício aeróbio como uma estratégia eficaz para reduzir a expressão da raiva e o comportamento agressivo.
As emoções negativas como a raiva estão relacionadas com sentimentos de frustração e stress, e o exercício físico é um ótimo remédio contra eles. Ao aumentar o nível de hormônios (endorfinas), o exercício melhorar o humor, aumenta a auto-estima e a disposição. Trinta minutos de exercício de intensidade moderada, pelo menos cinco vezes por semana, podem melhorar o seu bem-estar psicológico e ajudar a controlar a raiva. Para produzir estes efeitos, certifique-se de que a atividade que pratica aumenta o ritmo respiratório, o batimento cardíaco e a temperatura corporal.

Que atividade escolher?
Se não praticar exercício há algum tempo, é preferível começar com supervisão – um personal trainer, um treinador, um técnico da área do exercício físico. A modalidade escolhida, assim como a frequência e duração do exercício deverão ser prescritos por um profissional de Medicina do Exercício e da Psicologia que, após várias avaliações psicológicas, terá capacidade para identificar:
- Fatores de risco físicos associados;
- Nível motivacional do indivíduo, para evitar desistência;
- Adequação da modalidade à personalidade do indivíduo;
- Nível de socialização, para determinar se a melhor atividade será individual ou em grupo.

Aulas de grupo, aeróbica, capoeira são mais indicados a indivíduos extrovertidos. Indivíduos introvertidos podem sentir-se melhor na prática de musculação, yoga, Pilates, tai chi, corrida ou meditação. Nadar, andar de bicicleta ou dançar são exercícios que proporcionam uma componente lúdica; as caminhadas permitem uma ligação com a natureza e os desportos de grupo podem ajudar a criar novas amizades. Sempre que o profissional de saúde detecte que o indivíduo pretende uma atividade específica não compatível com as suas características e necessidades deverá tentar sensibilizá-lo, esclarecê-lo e orientá-lo para os benefícios em mudar de modalidade, tendo por objetivo a prevenção de recaídas. A adequação do exercício às necessidades e características de cada pessoa aumentam a flexibilidade (condição essencial para a mudança do comportamento) e reduzem as alterações de humor.

A sensibilização para a importância do exercício físico, o desenvolvimento de estilos de vida saudáveis e as práticas comportamentais ajustadas ao controlo da raiva, são a melhor forma de promover a auto-estima, motivação e imagem corporal. São por isso procedimentos prioritários para a diminuição do desajustamento emocional e aumento da qualidade dos relacionamentos interpessoais. Alívio e melhor gestão do stress e da tensão são também objetivos frequentemente alcançados.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fatores que contribuem para o ganho de peso


Ao subir na balança é comum responsabilizarmos a variação de peso como apenas ganho de gordura corporal. Porém, jamais pense dessa forma, pois a pesagem também inclui músculos, ossos, pele e vísceras. O aumento do peso pode acontecer devido ao ganho de massa muscular durante um programa de musculação, por exemplo.

Por isso, não acredite em dietas que prometem grande perda de peso em pouco tempo, pois elas não preconizam perda de gordura. Muitas vezes, o que ocorre é a perda de líquidos, prejudicial à saúde.

Da mesma forma que engordamos lentamente, devemos emagrecer lentamente. O segredo está na reeducação alimentar. Isso significa aprender a ingerir os alimentos de forma correta e, principalmente, equilibrada e não oscilar entre períodos de total controle e períodos de total descontrole.

Quanto maior a quantidade de comida no seu prato, maior são as chances de acúmulo de gordura, pois o limite do fígado e dos músculos para estocar a energia é ultrapassado. A medida ideal para respeitar suas capacidades é realizar pequenas refeições intercaladas por um período de duas a três horas. Isto é, de cinco a seis refeições diárias, sendo o café da manhã a mais importante de todas.

Café da manhã - O organismo considera a refeição matinal como a principal, já que reconstitui as reservas de energia utilizadas durante a noite. Isso significa romper com um jejum de oito ou 12 horas. Além disso, ajuda a restabelecer as funções do aparelho digestivo e a acelerar o metabolismo do organismo.

Quem “pula” o café da manhã, em geral, não recupera os nutrientes no almoço ou no jantar. Aliás, caso não tenha feito as refeições durante o dia de maneira adequada, jamais desconte tudo no jantar. O organismo não funciona com essa “lei da compensação”.

O excesso de gordura passa pela reeducação alimentar, mas não deixe de aliá-la à prática regular de exercícios físicos. Ambas supervisionadas por profissionais da área de nutrição farão com que o processo ocorra de maneira segura e saudável.

Bons treinos!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Saiba qual o melhor horário para hipertensos praticar exercícios


Variáveis fisiológicas

Segundo o professor Claúdio Ferreira, professor especialista em Treinamento de Força e Fisiologia do Esforço, e colunista que aborda o assunto Atividade Física e Hipertensão no Portal da Educação Física, tratando-se de hipertensos é necessário manter um controle das variáveis fisiológicas para o treinamento.

A indicação dos horários para a realização de exercícios devem obedecer uma série de fatores, dentre eles:

- Nos primeiros horários da manhã em um cliente hipertenso controlado, os níveis de P. A. se mantém mais baixo em relação ao decorrer do dia considerando não ter praticado exercícios;

- No decorrer do dia este cliente normalmente é submetido a um nível maior de ansiedade e estresse podendo elevar os níveis pressóricos;

- Devemos levar em consideração a ação da gravidade sobre o eixo crânio-caudal. No decorrer do dia vamos sofrendo a ação da mesma e está à tarde e a noite já incidiram uma maior ação sobre o corpo do cliente, podendo influenciar em uma mudança de P. A.;

- O horário que a pessoa prefere praticar a atividade física, pois temos que levar em consideração o fator motivacional e emocional.

O professor ainda indica que é interessante observar que o exercício físico pode ser considerado um fator primordial para a diminuição dos níveis pressóricos. Um cliente hipertenso controlado e bem orientado, qualquer horário é bom (importante) para a prática de atividades físicas. O que não pode é um hipertenso realizar exercícios sem acompanhamento orientado por um profissional de Educação Física qualificado e acompanhamento periódico do seu médico cardiologista.

Contra indicações

Segundo o especialista existem duas classificações para os hipertensos, quanto a possibilidade de realização da atividade física.

A primeira é a "Contra indicação relativa", que enquadra os indivíduos com uma P. A. sistólica superior a 160mmHg ou uma P. A. diastólica acima de 100mmHg. Pessoas que apresentam este quadro precisam ser encaminhadas a um médico antes de iniciarem um programa de treinamento.

A outra classificação seria a "Contra indicação absoluta" relacionada a P. A., que enquadra os indivíduos com P.A. sistólica acima de 250mmHg.

Melhor atividade

O trabalho aeróbico moderado e de longa duração é o mais eficiente na diminuição ou regularização da P. A. principalmente quando associado à redução da ingesta de sal (Sannerstedt, 1987; citado por Guedes, 1995);

Em artigo original, Farinatti observou a F. C., a P. A. S., a P. A. D. e o D.P. durante exercícios dinâmicos contra-resistência e aeróbios em intensidade moderada, em 18 indivíduos, com idades variando entre 23 e mais + ou – 6anos. Realizaram teste de força de 1Rm, 6RM e 20RM(Cad. est.) = um exercício aeróbio submáximo (cicloergômetro, 20’ utilizando de 75% a 80% da F. C. R.). Conclusão: exercício de força, independente da intensidade, impõe menor solicitação cardíaca que at. Física. Aeróbia. O duplo-produto em exercícios de força associa-se mais as repetições do que à carga, e exercícios aeróbios, a intensidade revela-se mais importante que a duração da atividade.

Outros dados interessantes sobre o tema

Diversos artigos comprovam que logo após a prática de exercícios contra resistência e por um período significativo após a prática, a P. A. Sistólica se mantém com índices abaixo dos encontrados antes da prática dos referidos exercícios. Podendo auxiliar de forma significativa que esses índices baixem e se mantenham com a prática de exercícios regulares.

A prática de exercício aeróbio regular demonstrou ser uma ferramenta poderosa tanto na prevenção quanto no tratamento da hipertensão arterial. Em estudo conduzido pela Drª Patricia Rueckert, da University of Wisconsin Medical School, com 18 pacientes hipertensos: utilizou caminhada acelerada sobre esteira ergométrica, diminuindo a P. A. Abaixo dos níveis de repouso por pelo menos 2 horas de recuperação (a redução aguda da P. A. foi relacionada com a dilatação e o relaxamento dos vasos sanguíneos).

O ACMS estabeleceu que a redução efetiva da pressão arterial pode ser atingida com exercícios aeróbicos de intensidade moderada realizados 3 a 5 x por semana e com sessões de 20 a 60’.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


Eu e Edna na Corrida Duque de Caxias em Jacobina

Com tudo em cima

Dicas e cuidados para manter os seios firmes e no lugar certo durante o balanço da corrida
Para cima e para baixo. De um lado, para o outro. Mexe aqui chacoalha acolá. Esses são os movimentos dos seus seios enquanto você está correndo. A conseqüência desse vai-e-vem? Se durante os treinos e provas você tomar os devidos cuidados, nenhuma. Do contrário, além da gravidade, eles irão sofrer com a ação do esporte e podem ficar "caidinhos".
O assunto é tão sério que foi objeto de estudo de uma pesquisa realizada pela Universidade de Portsmouth, na Inglaterra. A professora de biomecânica Joanna Scurr, autora do levantamento, avaliou a movimentação dos seios durante a corrida e seus efeitos. O resultado mostrou que a oscilação é grande e pode chegar a 21 centímetros, o que pode prejudicar sua saúde e atrapalhar seu desempenho. E isso vale para todos os tamanhos de seios.
Mas, mantenha a calma! Não precisa jogar fora a planilha de treinos nem se desfazer de todos os seus pares de tênis porque, felizmente, você pode evitar o problema. Segundo Edgar Navarro, mastologista e ginecologista do Hospital São Luiz, na capital paulista, se você começar a correr e usar os mecanismos de proteção adequados desde o começo não sofrerá esse efeito negativo.
"Mulheres acima dos 45 anos têm uma tendência natural à queda da mama, devido às alterações de temperatura nessa região, à perda de elastina, substituição gordurosa da mama e afrouxamento dos ligamentos internos; se já amamentaram, a tendência aumenta. Se não houver uma proteção contra o balanço provocado pela corrida, inevitavelmente o esporte agravará a queda mamária", explica.
O QUE VOCÊ PODE FAZER. Usar sutiãs comuns, que não conseguem sustentar adequadamente os seios durante o impacto da corrida, pode acarretar resultados preocupantes, como lesões na coluna, dores musculares e desconforto durante e depois do treinamento. De acordo com a pesquisa da inglesa Joanna Scurr, o uso de tops feitos especialmente para a prática de esportes pode reduzir em até 80% esses efeitos, desde que sejam escolhidos de acordo com o seu biotipo e os seus objetivos técnicos.
Então, além de usar um bom tênis, que ajuda a absorver o choque com o piso, fortalecer o peitoral com exercícios localizados e fazer alongamento, a dica é optar por tops justos ou sutiãs apropriados. "Embora totalmente antiestéticos, o ideal seria o uso do sutiã cirúrgico (para pós-operatórios de mama), que tem base e alças largas, feitas com tecidos de alta compressão, como poliamida e elastano. Na sua ausência, o modelo deve ter alças e laterais largos e ser, principalmente, bem ajustado. Essa é a principal dica para as corredoras", indica o mastologista Navarro.
A jornalista e coordenadora de mar¬keting Julianna Antunes, que corre há 10 meses e participa de provas regularmente, conta que nunca sentiu incômodos durante a corrida. "Acredito que correr sem nada ou com o top muito largo, realmente pode levar os seios a caírem. Mas, se usar o top certo, o mito de que correr deixa os seios flácidos não passa de lenda."
Sobre a escolha dos tops, Julianna diz que já experimentou diversas marcas e modelos e revela que, para ela, "o top ideal é aquele que não permite que os seios balancem, mas que também não aperte muito". "Por exemplo, aqueles tops retos eu não uso de jeito nenhum. Sei que algumas mulheres preferem tops que apertam, mas eles dificultam a minha respiração, especialmente quando o treino está chegando ao fim, o cansaço vai batendo e a respiração fica mais ofegante", explica a jornalista.
Já a repórter da CR Nanna Pretto, que está amamentado, também experimentou alguns modelos de tops quando decidiu retornar à corrida. A solução, já que além do peso natural dos seios, existe um volume extra gerado pelo leite materno, foi usar dois tops, um por cima do outro. Assim o reforço está garantido. "Também procuro dar de mamar ao meu bebê antes de sair para correr, para deixar os seios bem vazios, assim pesa menos. Ou extraio com a bombinha de tirar leite. Dessa forma nem lembro que estou amamentando".
Em relação ao tamanho, segundo Edgar Navarro, quanto maior os seios, maior a ação de "chicote", que ocorre por conta do peso, da ação gravitacional e também do aumento da resistência do ar. "Dessa forma, num primeiro instante, a atleta que tem seios grandes pode ter um desempenho pior, mas com treinamento adequado e orientação profissional ela poderá compensar esse aspecto. Isso porque a corrida não depende somente desses fatores. Há outros quesitos muito importantes, como resistência, força muscular, capacidade cardiovascular e respiratória."
O mastologista ainda enfatiza os benefícios que a corrida oferece para os seios. "Como todo exercício executado de forma contínua e regular, correr é extremamente positivo para algumas doenças benignas da mama, tanto na prevenção como no tratamento. É o caso das alterações fibrocísticas benignas (antiga displasia mamária), além de, junto com a dieta e os fatores reprodutivos, auxiliar na prevenção do câncer de mama", conclui Navarro.
CORRENDO COM SILICONE. A personal trainer, Mariana Dib, que também apresenta o programa "Em Forma", da Rede Brasil, aderiu ao silicone em 2003, quando colocou próteses de 280 ml em cada seio. Ela conta que já corria antes da cirurgia e não sentiu nenhuma diferença ao voltar para as ruas de seios novos e maiores.
"Não procurei nenhum médico antes de correr, mas só voltei a praticar atividade física depois que o médico me liberou", lembra. Mariana diz que deixou a corrida de lado até que a prótese estivesse completamente cicatrizada e adaptada ao organismo. "Durante a corrida costumo usar um top que dá muita sustentação, que segura mesmo". "Eu acho que, se colocar silicone for uma coisa que a mulher tem muita vontade de fazer, vale a pena qualquer negócio. Hoje em dia, nem lembro mais que tenho prótese", comemora.
Para o cirurgião plástico Ivan Abadesso, titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, essa é exatamente a sensação da mulher que adere ao silicone, acrescentando que o implante não representa nenhum incômodo para as corredoras.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dia do Profissional de Educação Física

A Educação Física muda sempre, cresce constantemente, evolui rapidamente. Ela quer mexer não só com o corpo, mas com a cabeça das pessoas.
A Educação Física quer entrar na vida das pessoas de uma vez por todas. Ela quer abrir os olhos das pessoas para as atitudes facilitadoras do bem-estar. É preventiva e remediadora. Ela ensina a fortalecer para não fraquejar, alongar para ser flexível, trabalhar a respiração para poder persistir. Ela vira você de cabeça para baixo e pernas para o ar para que você veja o mundo de outro ângulo. Ela põe você diante de um adversário para que você aprenda a vencê-lo e entenda o porquê das derrotas. Ela o desafia para que você vá até onde não sabia que era possível. E você descobre que suas pernas têm autonomia e força para alcançar seus sonhos.
Educação Física é autoconhecimento. É o aprendizado do corpo: você aprendendo sobre ele e com ele, ao longo da vida. O caminho mais prazeroso para a mudança de comportamento na direção do bem-estar e da felicidade plena.
Vamos em frente!
1° de Setembro – Dia do Profissional de Educação Física
Parabéns a todos!!!
Professora Luciana Nobre