sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mais exercício e menos remédio


Mulheres são as que mais se beneficiam da relação "consumo de medicamentos e atividades físicas"
Um estudo verificou que mulheres acima de 60 anos que praticam 150 minutos por semana de atividades físicas moderadas, como caminhadas, consomem menos remédios em comparação às que não têm o mesmo hábito.
Esta é a conclusão do trabalho de mestrado “Relação entre nível de atividade física, aptidão física e capacidade funcional em idosos usuários do programa de saúde da família”, realizado por Leonardo José da Silva, na Universidade Federal de São Paulo com Bolsa da FAPESP. Ele acompanhou 271 mulheres com idade acima de 60 anos que participaram do Programa de Saúde da Família, organizado pela Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
As participantes que cumpriram um programa de exercícios variados de no mínimo 150 minutos semanais apresentaram consumo de medicamentos 34% menor em comparação às mais sedentárias.
“Esse tempo mínimo de exercícios de 2,5 horas semanais é preconizado pela American Heart Association e pelo American College of Sports Medicine”, disse Silva à Agência FAPESP. Com menos de 10 minutos semanais de atividade física o indivíduo é considerado sedentário e entre 10 minutos e 150 minutos de exercícios por semana ele é categorizado como insuficientemente ativo. Os resultados do estudo foram apresentados em maio no 3th International Congress Physical Activity and Public Health realizado em Toronto, no Canadá.
Leia também:
• Caminhar por uma hora pode reduzir em até 30% a gordura no sangue
• Exercícios podem proteger mulheres de demência em idade avançada
• Para queimar calorias e ganhar músculos
Guiomar Silva Lopes, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp e orientadora de Silva, considera o programa oferecido pela cidade paulista aos idosos uma valiosa fonte de pesquisa. As atividades físicas disponibilizadas incluem caminhadas, exercícios de aprimoramento de força muscular, equilíbrio, flexibilidade e capacidade aeróbica. Há também visitas domiciliares feitas por agentes de saúde, nas quais os idosos são incentivados a praticar atividades físicas frequentes, como ir ao mercado ou fazer um passeio a pé.
O consumo de remédios das participantes da pesquisa foi avaliado por meio do cadastro da Secretaria Municipal da Saúde de São Caetano do Sul. Na base de dados estão registradas informações relevantes sobre todos os participantes do Programa de Saúde da Família, incluindo os medicamentos consumidos regularmente.
Economia de medicamentos
Segundo Guiomar, os resultados do estudo poderão subsidiar políticas públicas que incentivem a atividade física visando à prevenção e controle das doenças crônicas associadas ao envelhecimento, reduzindo despesas com medicações e internações.
“Podemos perceber a importância desse estudo ao constatar que o idoso consome, no mínimo, cinco medicamentos associados a doenças ligadas ao envelhecimento”, disse a orientadora.
A relação causa e efeito entre atividade física e consumo de medicamentos ainda está sendo estudada. A redução dos níveis de pressão arterial proporcionada pela atividade física é uma das hipóteses levantadas pelo estudo de Silva, uma vez que a doença é uma das mais comuns entre a população idosa, estando presente em mais da metade das pessoas acima de 60 anos.
O diabetes, com prevalência de 25% entre idosos, é outra enfermidade afetada pelo nível de atividade física. “Há estudos indicando que exercícios respiratórios aumentam a sensibilidade do organismo à insulina”, comentou a professora da Unifesp.
Esse efeito é importante para as pessoas em cujos organismos a insulina não atua de maneira eficiente. “A resistência à insulina tem alta prevalência na população idosa e se caracteriza pela menor resposta à insulina, com aumento discreto da glicemia e da insulinemia. Estes fatores juntos contribuem para a obesidade e o aumento do risco de doenças cardiovasculares”, disse.
As mulheres são as que mais se beneficiam da prática de atividades físicas, no caso levantado em São Caetano do Sul. Guiomar conta que a pesquisa se restringiu ao público feminino porque ele representa a grande maioria dos participantes do programa.
A professora ressalta que não são completamente conhecidas as razões que levam a menor participação masculina nessas atividades. “Sabemos que a mulher tem expectativa de vida um pouco maior do que a do homem, aumentando a frequência de mulheres viúvas e sozinhas, porém esse fato não explica a absoluta ausência masculina”, disse.
Segundo Silva, o estudo destaca o fortalecimento da medicina preventiva, área que se encontra em crescimento e tem laços com a educação física. “A prescrição de medicamentos ainda é preponderante na prática médica. Podemos diminuir esse consumo de remédios com métodos de prevenção baratos e simples como a atividade física”, sugeriu.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Corrida forte ou lenta ?


Diferenças que justificam o prazer
Se há uma diferença marcante entre um corredor rápido e um corredor lento, sem sombra de dúvida é: a consequência social, pelo fato de correr rápido e correr lento. Um corredor rápido, geralmente é admirado e todo mundo deseja ser um deles. Mas, o corredor lento é pouco admirado pela sua demorada relação com a corrida, não que seja um problema, mas, é que muita, mas muita gente mesmo, deseja ter amigos que correm rápido, e ser um deles também.
Mas, será que é justo pensar que você pode, pela amizade e pelo modismo? Será que você pode, sem antes refletir em como anda sua condição física e se está na hora de assumir o cargo de corredor rápido? Ou ainda; será que você não está perdendo seu tempo correndo lento, enquanto sua condição física já está sinalizando que deve correr rápido?
Em épocas de provas de rua, e diga-se, como há provas nesta terra! Melhor é que cada pessoa seja o seu próprio fiscal. Mesmo as pessoas que possuem um treinador terão que avaliar-se e convencer-se de que não são aquilo que se pretende para o momento, mas sim, o que seu organismo preparou ou está apto a assumir.
Um exame de esteira com um médico e uma avaliação pormenorizada de um profissional de corridas poderão adiantar e preveni-lo para não sofrer em consequências de treinos desmedidos e corridas descabidas. Nesta época de São Silvestre, correr um prova tão emocionante como tal, pode nos colocar em verdadeiras arapucas e permitir-nos as armadilhas preparadas pelo nosso subconsciente.
Corrida rápida sem estar no nível para tal esforço pode gerar: Cansaço nos primeiros quilômetros da prova, desgosto rápido pela prova, cansaço progressivamente elevado, que culmina em desastrosa subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, e que nem deveria levar toda esta fama.
Corrida forte pode ter duas origens: a primeira de uma pessoa que está apta para tal esforço físico e tem o respaldo médico para isso. A segunda, corrida rápida desmedida: o Corredor adota um ritmo rápido, dada a explosão de alegria e satisfação por estar em uma São Silvestre, passeando dentro de uma armadilha que todos os corredores do mundo que já armaram durante a participação desta magnífica prova, onde experimentaram, erraram e acertaram.
Portanto, são muitos anos de erros e acertos e como é a partir destes fatos que se permite a conquista e a derrota, procurei prolongar o foco, abrindo o leque e abranger a todos os corredores anônimos ou famosos, desejando que o resultado seja o melhor de cada corredor e, a tristeza pelo erro, não seja uma realidade para tantos, como ainda é.
Recordo-me de passagens de corredores em São Silvestres passadas (desde 1976), se esforçando muito para aparecer e talvez chegar na frente. Acreditem, não existem milagres em corridas, por isso caem sobre nossas responsabilidades administrar o ritmo e colher os frutos; bons ou ruins.
Se você ainda pensa em correr rápido e não possui uma avaliação adequada, vou contar um segredo: o seu maior apoio está num exame ergométrico, administrado por um médico do esporte e competente, para corridas de longas distâncias, além é claro, de um ótimo treino de base.
Depois de se avaliar, com certeza você terá definida a velocidade adequada para correr e obterá êxitos. Se desejar garantir este benefício, siga as demais dicas no artigo da semana de 3/12 do ativo.com.
Correu rápido e achou que poderia mais? Quando lidamos com limites, às vezes são necessários vários meses de observação e administração dos treinos por um profissional especializado em corridas, de forma que se defina o momento exato de forçar a velocidade ideal na corrida. Desta forma o avanço até o limite do seu nível de condicionamento físico, pode ser explorado sem medo. Se você não possui um treinador, procure então seguir as minhas recomendações pelas dicas no artigo do dia 3/12 do ativo.com.
Corrida Lenta: A calma e a facilidade em se permanecer num ritmo lento de corrida pode trazer sensações de conforto, a medida que se corre e o prazer por tal esforço fica bastante marcante durante toda a prova, cabendo ainda, um acelerado ritmo de chegada, inclusive na parte mais temida - a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio.
Correr muito lento pode oferecer um desgaste que ninguém esperava: cansar as pernas pelo trabalho penoso de correr muito lento. Imagine só? Você correr tão lentamente que sua musculatura não consiga descansar, dada a distância pequena entre um pé e o outro (passada), onde inexiste a fase aérea da corrida, que descansa e prepara a perna para nova solicitação.
Então, correr rápido ou correr lento é só uma questão de opinião médica e profissional de Educação Física. Não pense que Deus cuidará de tudo, por que ele tem que ajudar o Papai Noel que não anda dando conta de presentear tantas pessoas.
Boas aventuras seguras.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Tênis para cada tipo de pé podem não prevenir lesões


Tênis de amortecimento, de controle de movimento, de estabilidade. As opções para corrida atendem aos diferentes tipos de pés e têm como meta reduzir lesões. Mas realmente funcionam? De acordo com pesquisas listadas pelo blog Well, do jornal The New York Times, não há comprovação de eficácia.

O exército americano realizou três grandes estudos, que constataram quase nenhuma relação entre usar calçado "apropriado" e afastar contusões. O índice de problemas entre os corredores analisados foi alto e chegou até a ser maior no grupo de soldados que receberam tênis diferenciados em vez de neutros.

Outra pesquisa, divulgada online em junho na publicação The British Journal of Sports Medicine, produziu resultados parecidos com os dos militares. Oitenta e uma mulheres com experiência em corridas de distância foram classificadas de acordo com o pé e apenas metade recebeu tênis específicos. Todas começaram um treinamento de 13 semanas de meia-maratona. No final, cerca de um terço perdeu dias de atividade por conta de dor, sendo que a maioria das machucadas calçou tênis "apropriados".

O líder dos cientistas que acompanharam as esportistas, Michael Ryan, disse que, em certos aspectos, os calçados diferenciados funcionam. Os tênis de controle de movimento, por exemplo, realmente reduzem significativamente a pronação (movimento de rotação interna dos pés e pernas), segundo testes biomecânicos. O problema é que ninguém sabe se ela é realmente o assunto prioridade, acrescentou Bruce H. Jones, autor dos estudos militares.

A dica de Ryan para quem vai comprar tênis é provar pares variados e verificar se sente alguma dor ou desconforto. Seria interessante, segundo o especialista, correr com eles em volta do quarteirão antes de decidir qual é o melhor exemplar. O problema é achar uma loja que deixe, não é?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Um coração saudável está nos genes ou no estilo de vida?


Coração sob controle

A saúde cardiovascular a partir da meia-idade é uma herança dos seus genes ou é algo que dependa do seu estilo de vida, estando portanto dentro do seu controle?

Dois grandes estudos, realizados na Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, confirmaram que um estilo de vida saudável tem impacto muito maior sobre a saúde cardiovascular do que a herança genética.

O outro estudo testou diretamente a questão genética, e também mostrou que a saúde cardiovascular é devida principalmente ao estilo de vida e aos comportamentos saudáveis, e não à hereditariedade.

Os dois trabalhos foram apresentados na semana passada durante a reunião anual da Associação Americana do Coração, em Chicago.

Como manter o coração saudável

O primeiro estudo revela que a maioria das pessoas que adotaram comportamentos de vida saudáveis no início da vida adulta mantiveram um baixo risco cardiovascular na meia-idade.

Os cinco comportamentos saudáveis mais importantes são:

1 - Não fumar;
2 - Pouca ou nenhuma ingestão de álcool;
3 - Controle do peso;
4 - Atividades físicas; 5 - Dieta saudável. "Os comportamentos saudáveis podem superar a maior parte da sua genética," disse o Dr. Donald Lloyd-Jones, um dos autores dos estudos. "Esta pesquisa mostra que as pessoas têm controle sobre sua saúde cardíaca. Quanto mais cedo eles começarem a fazer escolhas saudáveis, maior probabilidade terão de manter um perfil de baixo risco para doenças cardíacas."

Comportamento de alto risco

O primeiro estudo investigou por que muitos adultos jovens, que apresentam um perfil de baixo risco para doenças cardíacas, saltam para a categoria de alto risco na meia-idade, apresentando pressão arterial elevada, colesterol alto e excesso de peso.

Essa piora no estado de saúde é resultado de mudanças no estilo de vida, conclui o estudo.

Mais da metade dos jovens que seguiram os cinco fatores de estilo de vida saudável ao longo de 20 anos foram capazes de manter seu perfil de baixo risco para a doença cardíaca na meia-idade.

Há grandes benefícios em chegar à meia-idade com um perfil de baixo risco para doença cardíaca. Essas pessoas vão viver muito mais tempo, terão uma melhor qualidade de vida e gastarão menos com saúde.

Um perfil de baixo risco significa ter colesterol baixo, pressão arterial normal, não fumar, não ter diabetes, fazer atividades físicas regulares, ter uma dieta saudável e não ter excesso de peso.

Saúde cardiovascular

O segundo estudo monitorou três gerações de famílias para determinar se a saúde cardiovascular é herdada ou não.

A "herdabilidade", conforme foi definida no estudo, inclui não apenas uma combinação de fatores genéticos, mas também os efeitos de um ambiente compartilhado, como os tipos de alimentos que são servidos em uma família.

O estudo descobriu que apenas uma pequena proporção da saúde cardiovascular é passada de pai para filho. A maior parte da saúde cardiovascular é devida ao estilo de vida e aos comportamentos saudáveis assumidos por cada membro da família.

"O que você faz e como você vive vai ter um impacto maior sobre sua saúde cardiovascular do que seus genes ou como você foi criado," explica Norrina Allen, principal autora do estudo.

sábado, 27 de novembro de 2010

Defina o melhor horário para correr


A resposta depende do seu metabolismo e da sua agenda de compromissos


Seus amigos dizem que o melhor horário é pela manhã. O pessoal do trabalho prefere correr depois do expediente. E você, que nunca calçou um tênis na vida, fica com vergonha de dizer que adoraria pular da cama e dar um pique. Bobagem.

O melhor horário do dia para treinar é aquele que se encaixa na sua rotina. É sabido que, pela manhã, o ar das grandes cidades está em seu momento mais agradável. A temperatura e a umidade do ar também estão mais amenas. Mas o nosso metabolismo, claro, não atingiu o ápice do rendimento diário.

Correndo à tarde, o organismo responde melhor à sobrecarga de treino daí a evolução mais rápida. Mas as condições ambientais já não favorecem tanto. O esporte noturno, por sua vez, é perfeito para quem tem a agenda lotada de compromissos desde cedo.

Independentemente do horário, o que vale é se exercitar. E nunca deixe de se alimentar e cuidar da hidratação. E, se for treinar durante o dia, prefira locais arborizados, que são menos suscetíveis às variações de clima (principalmente no calor).

Manhã
Vantagens
1. O treino sempre está encaixado na agenda. Mesmo que surjam compromissos de surpresa, você já correu;
2. Dá mais disposição para as tarefas do dia;
3. A temperatura e a umidade são mais amenas, pois o sol ainda não está tão forte;
4. Para quem quer competir, vale como adaptação. A maioria das competições é feita pela manhã.

Desvantagens
1. É preciso se acostumar a comer pela manhã (mas lembrando que o desjejum mais reforçado pode vir depois do treino). Isso é um problema para quem nunca teve o hábito de comer bem logo ao despertar;
2. A disposição tem de ser mais forte do que a preguiça, mesmo nos dias em que não foi possível dormir o suficiente. O ideal é criar uma regra: véspera e treino é dia de deitar cedo.

Tarde
Vantagens
1. O metabolismo está próximo do pico de rendimento;
2. O atleta já está mais alimentado, tendo feito pelo menos três refeições. Isso garante a reserva de glicogênio muscular necessária para um bom rendimento.

Desvantagens
1. A exposição ao sol e à temperatura alta, além da umidade baixa
2. Treinar só nesse período pode dificultar a aclimatação em dia de provas, que geralmente são realizadas de manhã

Noite
Vantagens
1. A temperatura é mais amena neste período;
2. Ajuda a relaxar quem é agitado demais, proporcionando uma boa noite de sono.

Desvantagens
1. Qualidade do ar pior, com mais concentração de gás carbônico na atmosfera;
2. Treinar só nesse período pode dificultar a aclimatação em dia de provas, que geralmente são realizadas de manhã;
3. O estresse das atividades diárias pode afetar o rendimento na corrida;
4. Com a evolução do treino, a qualidade do sono pode sai prejudicada em função das descargas adrenergéticas provocadas pelo esforço;
5. Maior risco de acidentes, pela baixa iluminação. Fique atento aos terrenos irregulares com possíveis desníveis e buracos

Exercícios físicos fazem cérebro ficar mais sensível à saciedade


Exercícios físicos – com um bom acompanhamento e uma rotina adequada – fazem bem para a saúde, e isso é incontestável. Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, aponta mais um benefício: além de ajudar a queimar as calorias, os exercícios físicos também aumentam a sensibilidade dos neurônios envolvidos no controle da saciedade, o que contribui para a redução do consumo alimentar e, consequentemente, para a perda de peso.

A pesquisa, publicada no periódico PLoS Biology, é mais um fator para que pessoas com problema com o próprio peso, ou que estejam desenvolvendo obesidade, se engajem em uma rotina fixa de exercícios. De acordo com os pesquisadores, liderados por José Barreto Carvalheira, a obesidade é um fenômeno epidemiológico preocupante. Mudanças nos hábitos alimentares e um estilo de vida sedentário são pontos cruciais para o desenvolvimento da condição. Como se sabe, o consumo excessivo de gordura e comidas altamente calóricas (como aquelas com muito açúcar) pode modificar a sensibilidade do cérebro – especialmente na região chamada de hipotálamo – para o controle da saciedade. Essa “falha de comunicação” leva ao consumo quase incontrolável de alimentos e como consequência da ingestão calórica excessiva, somada ao fato de não se gastar toda essa energia, há aumento do peso, o que pode levar à obesidade.

O estudo de Carvalheira – financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) – demonstrou que a prática de exercícios em modelos animais que haviam desenvolvido obesidade restaurou a sensibilidade à saciedade nos neurônios do hipotálamo. Esses animais passaram a consumir menos comida e, paralelamente, começaram a perder peso.

“Nos animais obesos, os exercícios aumentaram os níveis de proteínas produzidas no hipotálamo (as chamadas IL-6 e IL-10). Essas moléculas são cruciais para o aumento da sensibilidade dos neurônios a hormônios como a insulina e a leptina, que controlam o apetite”, explica Carvalheira. Assim, além do gasto calórico produzido pelas rotinas de exercício, a diminuição da fome se deu pelo melhor funcionamento do cérebro, que passou a modular melhor os sinais de saciedade recebidos do estômago.

Até agora a atividade física era vista como um complemento ao tratamento da obesidade. Agora, ao entender melhor como esse tipo de atividade propicia benefícios diretos para a condição, o paradigma anterior pode ser reconsiderado pelos profissionais de saúde, que atendem os indivíduos que estão se recuperando da obesidade

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sobrepeso e obesidade são reflexos de hábitos alimentares aprendidos em casa


Um novo estudo feito pela Universidade de Alberta, no Canadá, aponta que esses fatores devem ser acompanhados já na infância

Entender os fatores que influenciam a tendência para desenvolver o sobrepeso e a obesidade é alvo de diversas pesquisas no mundo todo.

Sobrepeso e obesidade são reflexos de hábitos alimentares aprendidos em casaA pesquisa de Spence, publicada no periódico International Journal of Pediatric Obesity, acompanhou os hábitos alimentares de crianças entre 4 e 5 anos de idade e a relação desses hábitos com a variação do peso ao longo dos anos.

A equipe do pesquisador elegeu 1.730 crianças para o estudo – meninos e meninas em quantidades similares – e acompanhou esse grupo nos primeiros anos da idade escolar. Crianças e pais foram entrevistados sobre diversos assuntos, incluindo hábitos alimentares – como preferências por certos alimentos – e condições de saúde.

Os resultados da pesquisa, que durou dois anos, também focou nas respostas emocionais quanto à comida – como alimentação excessiva ligada a estresse –, satisfação com a alimentação, sensibilidade à saciedade, ritmo na hora de comer – se comiam muito rápido ou devagar – e nível de atividade após uma refeição.

“Não é surpreendente que os resultados apontaram que crianças que descontam suas frustrações comendo excessivamente quando nervosas ou entediadas, têm uma maior tendência a desenvolver o sobrepeso em contraste com aquelas que comiam mais devagar ou que não ficavam muito atentas ao horário das refeições (um comportamento de evitação). Mas a questão é: o que faz essas crianças criarem esse tipo de resposta aos alimentos?”, pontua Spence.

“Nosso modelo sugere que o comportamento copiado ou reforçado pelos pais – como ganhar um doce por uma boa ação – induz as crianças a certas relações emocionais com a comida. Da mesma forma, a evitação alimentar também é algo que vem do ambiente familiar”, continua.

É preciso identificar como esses ambientes e relações influenciam os hábitos alimentares das crianças, dizem os pesquisadores. Fatores como promoção – ou a falta – de atividades físicas, interação com alimentos de forma a compensar ou punir certos comportamentos, e outros hábitos familiares podem se refletir no desenvolvimento da obesidade.

“Será que há algo que possamos fazer para educar os pais?”, questiona Spence. “Se identificarmos e entendermos essas relações é possível criar programas de intervenção bastante efetivos.”

Os pesquisadores agora tentam ampliar o público observado e adicionar mais variáveis para serem observadas, além de tentar entender as interações entre os dados analisados. “Nas crianças que têm uma relação positiva com a comida – o que leva a um aumento do consumo alimentar – também observamos se há uma preferência pelas comidas ‘que são ruins para a saúde’ e qual o motivo dessas escolhas”, finaliza.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Cinco regras essenciais para não sofrer mais com a balança


O emagrecimento é um “exercício” diário que se pratica assim como se faz uma atividade física. Confira cinco regras essenciais para não sofrer mais com a balança

Beber água não emagrece, mas...

A água não ajuda a emagrecer nem deve ser substituta de qualquer refeição, pois não irá fornecer a energia e os nutrientes necessários para o organismo. No entanto, “a água é fundamental para que inúmeras funções do nosso corpo ocorram de maneira adequada. É importante que haja um consumo hídrico de oito a dez copos por dia. O consumo de água ajuda a eliminar toxinas do organismo e isso é importante na fase de perda de peso”, esclarece a nutricionista Patrícia Bertolucci.

Alimentação a cada 3 horas

O fracionamento é importante para a manutenção ou perda de peso, além de fazer com que o organismo trabalhe de maneira adequada. Por isso, é fundamental que sejam realizadas de cinco a seis refeições por dia, sendo três grandes (desjejum, almoço e jantar) e lanches intermediários. “Isso manterá a taxa metabólica e favorecerá a perda de peso, além de evitar exageros na próxima refeição”, afirma a nutricionista Priscila di Ciero.

Excluir carboidratos?

O carboidrato é o responsável por fornecer energia para realizar todas as atividades diárias. Tem também função anticoagulante, lubrificante, estrutural e antigênica (atuando na ativação do sistema imunológico).

“As dietas que restringem carboidratos surgiram a partir do princípio de que o carboidrato estimula a insulina, e esse hormônio anabólico impede a perda de peso. No início há uma perda de peso, mas com o tempo surge a dificuldade de manter uma dieta sem carboidratos. Ao voltar a consumi-lo, a pessoa ganha peso, pois esse carboidrato consumido, em vez de ser utilizado como fonte de energia, será convertido em gordura”, alerta Patrícia Bertolucci.

Não “pule” refeições

Engana-se quem acredita na fórmula de que “pular” uma refeição por dia emagrece. Pelo contrário, cortar refeições, além de não auxiliar no processo de perda de peso, pode desequilibrar o metabolismo. “O fracionamento das refeições é muito importante para manter o bom funcionamento do organismo e pode ajudar a emagrecer, pois auxilia a controlar a saciedade e faz com que a fome não seja acumulada para a próxima refeição. Se o organismo fica muito tempo em jejum, o metabolismo diminui e o armazenamento de gordura acontece com mais facilidade”, aconselha a nutricionista Ana Paula de Souza.

Corra, pratique esportes!

O exercício físico tem papel coadjuvante no tratamento da obesidade, pois o gasto calórico proveniente da atividade física se mostra como grande aliado na perda de massa corporal. Patrícia Bertolucci completa: “O exercício físico favorece a resistência muscular localizada, o aumento da capacidade aeróbica e a diminuição da massa e da porcentagem de gordura corporal. A atividade física resulta na preservação da massa magra e diminuição de gordura, sendo que, durante um programa de perda de peso, somente com dieta sem exercício o resultado é perda de menos gordura e diminuição de musculatura”.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dicas para treinar corrida com mais eficiência e menos tempo


A prática da corrida envolve muitos mitos entre os seus praticantes. Um desses fatos que com frequência criam dúvidas e fazem surgir discussões é sobre a quantidade de treino durante a semana. Enquanto alguns preferem correr praticamente todos os dias, sem descanso, especialistas alertam sobre a importância da pausa para o rendimento do corredor.

“Para provas curtas, o melhor que o corredor pode fazer é correr três a quatro vezes por semana, o que vai melhorar em muito a performance do esportista, que sentirá a diferença rapidamente”, afirma Kim Cordeiro, diretor técnico da BK Sports, que ainda completa. “Quem não valoriza o descanso, só deixa o seu rendimento cair”.

A principal maneira de saber quantos dias é necessário correr se consiste no tempo de recuperação de cada atleta, que ao sentir cansaço, não consegue evoluir. “É necessário saber em quanto tempo o corpo consegue se `regenerar´, sendo assim, achando os dias ideais e guindo o direcionamento do treino com clareza”, diz Enzo Amato, diretor técnico da assessoria esportiva com o seu nome.

Direto para o treino!

Para que um treino seja útil e melhore o desempenho do atleta, ele deve conter elementos básicos. É como fazer um bolo. São necessários certos ingredientes na quantidade exata para que ele cresça. Entre os treinos que devem ser realizados semanalmente, estão o de volume e de velocidade, além de conter três variações de ritmo, o leve, moderado e forte.

“O cansaço costuma aparecer com mais frequência por causa dos treinos longos e fortes, exercícios que só devem aparecer a cada 15 dias. Não é certo correr forte todas as vezes, mas sim mesclar com ritmos mais leves e moderados, que ajudarão no desempenho do corredor”, afirma Cordeiro.

Além disso, outros treinos são recomendados, como os intervalados, ou também conhecido como tiros, que podem ocorrer uma vez por semana, e as variações de ritmo, que consistem em 15 minutos acelerado e cinco com menos força, realizando no final um processo regenerativo pela diminuição da velocidade.

“Se a pessoa corre todos os dias ela tem sempre que se perguntar se está mais rápido que na semana passada. Se não estiver, vale começar a diminuir o ritmo e alternar os dias de treinamentos. Nada em excesso é muito bom”, diz Amato.

Contudo, é importante que o corredor também corra conforme o seu nível. Iniciantes devem dar um foco maior no volume, que irá aumentar sua resistência, sem se preocupar em ser mais veloz. Já os experientes devem dar ênfase na velocidade imprimida nas passadas, que resultará em melhores marcas.

domingo, 26 de setembro de 2010

Antes de escolher entre a rua e a esteira, pese as vantagens de cada uma


Ter um objetivo, como emagrecer ou completar uma prova, também ajuda na decisão

A escolha por correr na esteira ou na rua implica bem mais do que uma definição de espaço. Apesar dos movimentos idênticos num e noutro lugar, as condições específicas de cada uma chegam a dar impressão de que se trata de esportes diferentes (a ponto de quem corre na esteira não conseguir se desenvolver bem na pista e vice-versa.

A esteira é uma manta de rodagem com velocidade constante, rodando sem parar sob seus pés. Por isso que, para se correr mais rápido em uma esteira, o aluno inconscientemente começa a correr para cima, e não para frente como seria o correto. Dessa forma, o atleta tende a aumentar somente o que chamamos de tempo de vôo (tempo entre uma pisada e outra na esteira).

Mas vale lembrar que a esteira é uma ótima pedida para treinar. Aquece o corpo quando o clima está ruim ou quando o aluno está se recuperando de alguma lesão e precisa de um ritmo lento e constante para que o corpo volte a se acostumar com o esporte neste último caso, é importante verificar se o aparelho conta com um bom sistema de amortecimento, poupando a articulações.

Já a rua é composta por diferentes pisos e fatores externos que interferem no desempenho. A variação nos calçamento exige atenção: o asfalto gera maior impacto nas articulações, mas traz uma resposta mais rápida em termos de velocidade. Correr na terra, na areia batida ou na grama é indicado para quem busca mais amortecimento do impacto. Além disso, esses terrenos trabalham mais equilíbrio, coordenação motora e propriocepção (capacidade de reconhecer os limites do seu corpo, sem precisar de estímulos como a visão ou movimentos de força).

Um treino ideal deve combinar as duas versões, trabalhando na mesma medida todas as habilidades e garantindo a evolução integral do corredor. Mas, melhor do que ficar parado, é experimentar a esteira opção a mais prática para muita gente. Não tem problema com chuva, o piso é mais plano e seguro. Mas note que, se há intenção em participar de competições, os treinos ao ar livre são indispensáveis para de adaptar e ter certeza do seu nível de rendimento.

Com relação ao gasto calórico, não se abale só por isso. A intensidade e a freqüência dos treinos interferem bem mais na queima calórica do que o piso onde você corre. Uma dica para simular alguma resistência do ar na esteira e equilibrar a postura é colocar uma leve inclinação de 0,5% nos treinos de esteira. Tome cuidado com o incremento de inclinações maiores que essa, que podem forçar demais as articulações e sobrecarregar sua coluna.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Respeite os limites do seu corpo ao correr


A empolgação é uma delícia. De repente, você percebe que está evoluindo cada vez mais no esporte e não tem vontade nenhuma de parar. Ao contrário, quer mais, mais e mais. Não são raros os depoimentos de quem se sente assim em relação à corrida.

Mas a lição é só mais uma das tantas que o esporte tem a nos ensinar: é preciso ir com calma se você pretende continuar se exercitando. Seu corpo tem limites e precisa que eles sejam respeitados. A síndrome do supertreinamento (ou overtraining, como chamam os especalistas) traz riscos sérios à saúde. Nos casos mais graves, até a proibição de correr até que a recuperação se complete.

Cada aluno tem características diferentes, portanto suporta sobrecargas diferentes de treino. É preciso ter sensibilidade para observar e graduar a evolução do programa, sem exigir demais de você. O professor ajuda neste processo, distinguindo o esforço que é parte do desenvolvimento daquele que representa uma agressão ao organismo.

Mas a sua própria avaliação é fundamental (veja mais abaixo). No início dos treinos, é bem difícil fazer isso. O corpo está acostumado ao sedentarismo e vai responder aos treinos com dores e cansaço. Normal, não se assuste ou ache que está pegando pesado demais. Com um mês de prática, mais ou menos, esta percepção de si mesmo já vai estar melhor. E, cada etapa, vai ficando mais simples reconhecer e vencer seus limites de forma natural e saudável.

O ideal é sempre começar com uma carga de treino mais leve. À medida que o atleta responde positivamente, há o aumento gradativo, num processo constante. Ora o foco é na velocidade, ora no ritmo, ora ano rendimento e assim por diante. Não faltam desafios ao atleta que deseja progredir.

De qualquer forma, alguns alertas do nosso corpo indicam quando a evolução está sendo feita com sobrecarga EXAGERADA. Notando mais de três mais dos sinais abaixo, vale reavaliar o método de treinamento usado e, quem sabe, retroagir uma etapa. Sua saúde agradece.

- taxas sangüíneas alteradas
- irritabilidade
- insônia
- freqüência cardíaca basal aumentada
- freqüência cardíaca nos treinos aumentada
- falta de apetite
- perda de peso
- cansaço excessivo
- sono excessivo durante o dia
- falta de libido
- ausência ou desregulagem do ciclo menstrual (mulheres)
- dificuldade de recuperação no pós-treino
- contusões e resfriados freqüentes
- dores de cabeça
- sede anormal
- ansiedade
- sudorese aumentada
- depressão

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Variação da frequência cardíaca na corrida depende de diversos fatores


Alguns fatores influenciam nos batimentos cardíacos durante a corrida. Saiba como o clima, a desidratação e até mesmo o estresse podem afetar a medição de sua frequência cardíaca

Responsável por tornar os treinos mais produtivos, o controle da frequência cardíaca dita o ritmo das passadas de um corredor, que necessita de conhecimento para nivelar o seu treino, aumentando ou diminuindo sua intensidade. Conforme o nível de condicionamento aeróbio do atleta, maior é sua resistência cardíaca.

Entretanto, involuntariamente, a frequência cardíaca não é totalmente constante, sofrendo variações conforme fatores externos e, consequentemente, influenciando diretamente na corrida. Fatores como estresse, horário do dia, desidratação, temperatura, umidade e adrenalina são uns dos responsáveis pelas alterações.

Horário do dia

Existe uma diferença considerada grande em treinos logo pela manhã, ou em outros horários do dia. Chegando muitas vezes a dez batimentos cardíacos a menos que nos outros horários.

“Por causa da ação dos hormônios adrenalina e cortisol e pelo metabolismo basal, a corrida pela manhã tem a característica de ter uma menor frequência cardíaca, já que o corpo ainda está agindo como se estivesse em repouso”, afirma Ricardo Arap, diretor técnico da Race.

Devido às alterações de humor e do estresse do dia-a-dia, contudo, é bastante individual o horário em que a frequência cardíaca é mais elevada, não havendo, assim, uma medição específica.

A influência da hidratação e da temperatura

A hidratação corporal e a temperatura do local de treino, seja ele a academia, parque ou ruas, também devem ser levados a sério durante os treinamentos, já que também exercem influência nos batimentos do coração.

No caso da hidratação, por exemplo, é bastante comum a variação. “Quando o atleta está desidratado, o fluxo sanguíneo abaixa e é bombeado mais vezes, para dar conta de todas as partes do corpo, aumentando a frequência cardíaca”, diz Rodrigo Lobo, da Lobo Assessoria Esportiva.

Por causa da pressão corporal, a frequência cardíaca também aumenta em altas temperaturas, crescendo de 2 a 8 batimentos por minuto. Potencializando os seus efeitos, a umidade relativamente alta também irá interferir da mesma maneira.

Treino é treino...

Ao treinar, a frequência cardíaca não será a mesma de uma prova. A adrenalina durante uma competição aumentará muito mais os batimentos cardíacos, que deverão ser controlados durante o trajeto. “Tem gente que sem correr e só de ficar na largada acaba extrapolando o seu limite de frequência cardíaca. Esse aumento é normal, mas deve ser controlado e o corredor deve tentar deixá-lo o mais constante possível”, afirma Lobo.

Para saber lidar melhor com as frequências cardíacas, o uso de frequencímetros acaba sendo um dos melhores meios de calcular o batimento certo. Além disso, a presença de um profissional é também recomendada. “Além de usar meios para controlar os batimentos cardíacos, o atleta deve procurar um profissional do ramo, que irá fazer uma planilha adequada a frequência, usando a favor do corredor, e não de uma forma que possa o prejudicar”, finaliza Arap.

sábado, 18 de setembro de 2010

Derreta a raiva com suor

Todos nós já tivemos um dia de raiva. Uma explosão de fúria mais agressiva. Mas quando esta irritabilidade se torna um padrão de comportamento diário, especialistas concordam que é preciso agir. Cerre os dentes e… comece a treinar
Instabilidade emocional, alterações de humor, irritabilidade, ansiedade, solidão, depressão. Indivíduos impulsivos, vulneráveis, em tensão excessiva. Os factores referidos são alguns dos que interferem no quotidiano do indivíduo ao nível pessoal, relacional, social e profissional, causando mal-estar e sofrimento. São problemas de saúde mental que podem ter uma abordagem terapêutica baseada na opção de estilos de vida saudáveis. O grande desafio é a gestão dos fatores e a escolha de atividades adequadas para a sua diminuição.
Como é que o exercício ajuda a controlar a raiva?
A prática de exercício físico é um dos procedimentos favoráveis à qualidade de vida, diminuindo os níveis de stress e aperfeiçoando a dificuldade no controlo de impulsos. Um estudo publicado em Novembro na revista científica Pediatric Exercise Science revela que os adolescentes com excesso de peso podem beneficiar de um programa de exercício físico regular. Após uma investigação de 15 semanas, a psicóloga responsável – que acredita que o mesmo efeito possa ser semelhante em adultos – considera o exercício aeróbio como uma estratégia eficaz para reduzir a expressão da raiva e o comportamento agressivo.
As emoções negativas como a raiva estão relacionadas com sentimentos de frustração e stress, e o exercício físico é um ótimo remédio contra eles. Ao aumentar o nível de hormônios (endorfinas), o exercício melhorar o humor, aumenta a auto-estima e a disposição. Trinta minutos de exercício de intensidade moderada, pelo menos cinco vezes por semana, podem melhorar o seu bem-estar psicológico e ajudar a controlar a raiva. Para produzir estes efeitos, certifique-se de que a atividade que pratica aumenta o ritmo respiratório, o batimento cardíaco e a temperatura corporal.

Que atividade escolher?
Se não praticar exercício há algum tempo, é preferível começar com supervisão – um personal trainer, um treinador, um técnico da área do exercício físico. A modalidade escolhida, assim como a frequência e duração do exercício deverão ser prescritos por um profissional de Medicina do Exercício e da Psicologia que, após várias avaliações psicológicas, terá capacidade para identificar:
- Fatores de risco físicos associados;
- Nível motivacional do indivíduo, para evitar desistência;
- Adequação da modalidade à personalidade do indivíduo;
- Nível de socialização, para determinar se a melhor atividade será individual ou em grupo.

Aulas de grupo, aeróbica, capoeira são mais indicados a indivíduos extrovertidos. Indivíduos introvertidos podem sentir-se melhor na prática de musculação, yoga, Pilates, tai chi, corrida ou meditação. Nadar, andar de bicicleta ou dançar são exercícios que proporcionam uma componente lúdica; as caminhadas permitem uma ligação com a natureza e os desportos de grupo podem ajudar a criar novas amizades. Sempre que o profissional de saúde detecte que o indivíduo pretende uma atividade específica não compatível com as suas características e necessidades deverá tentar sensibilizá-lo, esclarecê-lo e orientá-lo para os benefícios em mudar de modalidade, tendo por objetivo a prevenção de recaídas. A adequação do exercício às necessidades e características de cada pessoa aumentam a flexibilidade (condição essencial para a mudança do comportamento) e reduzem as alterações de humor.

A sensibilização para a importância do exercício físico, o desenvolvimento de estilos de vida saudáveis e as práticas comportamentais ajustadas ao controlo da raiva, são a melhor forma de promover a auto-estima, motivação e imagem corporal. São por isso procedimentos prioritários para a diminuição do desajustamento emocional e aumento da qualidade dos relacionamentos interpessoais. Alívio e melhor gestão do stress e da tensão são também objetivos frequentemente alcançados.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fatores que contribuem para o ganho de peso


Ao subir na balança é comum responsabilizarmos a variação de peso como apenas ganho de gordura corporal. Porém, jamais pense dessa forma, pois a pesagem também inclui músculos, ossos, pele e vísceras. O aumento do peso pode acontecer devido ao ganho de massa muscular durante um programa de musculação, por exemplo.

Por isso, não acredite em dietas que prometem grande perda de peso em pouco tempo, pois elas não preconizam perda de gordura. Muitas vezes, o que ocorre é a perda de líquidos, prejudicial à saúde.

Da mesma forma que engordamos lentamente, devemos emagrecer lentamente. O segredo está na reeducação alimentar. Isso significa aprender a ingerir os alimentos de forma correta e, principalmente, equilibrada e não oscilar entre períodos de total controle e períodos de total descontrole.

Quanto maior a quantidade de comida no seu prato, maior são as chances de acúmulo de gordura, pois o limite do fígado e dos músculos para estocar a energia é ultrapassado. A medida ideal para respeitar suas capacidades é realizar pequenas refeições intercaladas por um período de duas a três horas. Isto é, de cinco a seis refeições diárias, sendo o café da manhã a mais importante de todas.

Café da manhã - O organismo considera a refeição matinal como a principal, já que reconstitui as reservas de energia utilizadas durante a noite. Isso significa romper com um jejum de oito ou 12 horas. Além disso, ajuda a restabelecer as funções do aparelho digestivo e a acelerar o metabolismo do organismo.

Quem “pula” o café da manhã, em geral, não recupera os nutrientes no almoço ou no jantar. Aliás, caso não tenha feito as refeições durante o dia de maneira adequada, jamais desconte tudo no jantar. O organismo não funciona com essa “lei da compensação”.

O excesso de gordura passa pela reeducação alimentar, mas não deixe de aliá-la à prática regular de exercícios físicos. Ambas supervisionadas por profissionais da área de nutrição farão com que o processo ocorra de maneira segura e saudável.

Bons treinos!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Saiba qual o melhor horário para hipertensos praticar exercícios


Variáveis fisiológicas

Segundo o professor Claúdio Ferreira, professor especialista em Treinamento de Força e Fisiologia do Esforço, e colunista que aborda o assunto Atividade Física e Hipertensão no Portal da Educação Física, tratando-se de hipertensos é necessário manter um controle das variáveis fisiológicas para o treinamento.

A indicação dos horários para a realização de exercícios devem obedecer uma série de fatores, dentre eles:

- Nos primeiros horários da manhã em um cliente hipertenso controlado, os níveis de P. A. se mantém mais baixo em relação ao decorrer do dia considerando não ter praticado exercícios;

- No decorrer do dia este cliente normalmente é submetido a um nível maior de ansiedade e estresse podendo elevar os níveis pressóricos;

- Devemos levar em consideração a ação da gravidade sobre o eixo crânio-caudal. No decorrer do dia vamos sofrendo a ação da mesma e está à tarde e a noite já incidiram uma maior ação sobre o corpo do cliente, podendo influenciar em uma mudança de P. A.;

- O horário que a pessoa prefere praticar a atividade física, pois temos que levar em consideração o fator motivacional e emocional.

O professor ainda indica que é interessante observar que o exercício físico pode ser considerado um fator primordial para a diminuição dos níveis pressóricos. Um cliente hipertenso controlado e bem orientado, qualquer horário é bom (importante) para a prática de atividades físicas. O que não pode é um hipertenso realizar exercícios sem acompanhamento orientado por um profissional de Educação Física qualificado e acompanhamento periódico do seu médico cardiologista.

Contra indicações

Segundo o especialista existem duas classificações para os hipertensos, quanto a possibilidade de realização da atividade física.

A primeira é a "Contra indicação relativa", que enquadra os indivíduos com uma P. A. sistólica superior a 160mmHg ou uma P. A. diastólica acima de 100mmHg. Pessoas que apresentam este quadro precisam ser encaminhadas a um médico antes de iniciarem um programa de treinamento.

A outra classificação seria a "Contra indicação absoluta" relacionada a P. A., que enquadra os indivíduos com P.A. sistólica acima de 250mmHg.

Melhor atividade

O trabalho aeróbico moderado e de longa duração é o mais eficiente na diminuição ou regularização da P. A. principalmente quando associado à redução da ingesta de sal (Sannerstedt, 1987; citado por Guedes, 1995);

Em artigo original, Farinatti observou a F. C., a P. A. S., a P. A. D. e o D.P. durante exercícios dinâmicos contra-resistência e aeróbios em intensidade moderada, em 18 indivíduos, com idades variando entre 23 e mais + ou – 6anos. Realizaram teste de força de 1Rm, 6RM e 20RM(Cad. est.) = um exercício aeróbio submáximo (cicloergômetro, 20’ utilizando de 75% a 80% da F. C. R.). Conclusão: exercício de força, independente da intensidade, impõe menor solicitação cardíaca que at. Física. Aeróbia. O duplo-produto em exercícios de força associa-se mais as repetições do que à carga, e exercícios aeróbios, a intensidade revela-se mais importante que a duração da atividade.

Outros dados interessantes sobre o tema

Diversos artigos comprovam que logo após a prática de exercícios contra resistência e por um período significativo após a prática, a P. A. Sistólica se mantém com índices abaixo dos encontrados antes da prática dos referidos exercícios. Podendo auxiliar de forma significativa que esses índices baixem e se mantenham com a prática de exercícios regulares.

A prática de exercício aeróbio regular demonstrou ser uma ferramenta poderosa tanto na prevenção quanto no tratamento da hipertensão arterial. Em estudo conduzido pela Drª Patricia Rueckert, da University of Wisconsin Medical School, com 18 pacientes hipertensos: utilizou caminhada acelerada sobre esteira ergométrica, diminuindo a P. A. Abaixo dos níveis de repouso por pelo menos 2 horas de recuperação (a redução aguda da P. A. foi relacionada com a dilatação e o relaxamento dos vasos sanguíneos).

O ACMS estabeleceu que a redução efetiva da pressão arterial pode ser atingida com exercícios aeróbicos de intensidade moderada realizados 3 a 5 x por semana e com sessões de 20 a 60’.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


Eu e Edna na Corrida Duque de Caxias em Jacobina

Com tudo em cima

Dicas e cuidados para manter os seios firmes e no lugar certo durante o balanço da corrida
Para cima e para baixo. De um lado, para o outro. Mexe aqui chacoalha acolá. Esses são os movimentos dos seus seios enquanto você está correndo. A conseqüência desse vai-e-vem? Se durante os treinos e provas você tomar os devidos cuidados, nenhuma. Do contrário, além da gravidade, eles irão sofrer com a ação do esporte e podem ficar "caidinhos".
O assunto é tão sério que foi objeto de estudo de uma pesquisa realizada pela Universidade de Portsmouth, na Inglaterra. A professora de biomecânica Joanna Scurr, autora do levantamento, avaliou a movimentação dos seios durante a corrida e seus efeitos. O resultado mostrou que a oscilação é grande e pode chegar a 21 centímetros, o que pode prejudicar sua saúde e atrapalhar seu desempenho. E isso vale para todos os tamanhos de seios.
Mas, mantenha a calma! Não precisa jogar fora a planilha de treinos nem se desfazer de todos os seus pares de tênis porque, felizmente, você pode evitar o problema. Segundo Edgar Navarro, mastologista e ginecologista do Hospital São Luiz, na capital paulista, se você começar a correr e usar os mecanismos de proteção adequados desde o começo não sofrerá esse efeito negativo.
"Mulheres acima dos 45 anos têm uma tendência natural à queda da mama, devido às alterações de temperatura nessa região, à perda de elastina, substituição gordurosa da mama e afrouxamento dos ligamentos internos; se já amamentaram, a tendência aumenta. Se não houver uma proteção contra o balanço provocado pela corrida, inevitavelmente o esporte agravará a queda mamária", explica.
O QUE VOCÊ PODE FAZER. Usar sutiãs comuns, que não conseguem sustentar adequadamente os seios durante o impacto da corrida, pode acarretar resultados preocupantes, como lesões na coluna, dores musculares e desconforto durante e depois do treinamento. De acordo com a pesquisa da inglesa Joanna Scurr, o uso de tops feitos especialmente para a prática de esportes pode reduzir em até 80% esses efeitos, desde que sejam escolhidos de acordo com o seu biotipo e os seus objetivos técnicos.
Então, além de usar um bom tênis, que ajuda a absorver o choque com o piso, fortalecer o peitoral com exercícios localizados e fazer alongamento, a dica é optar por tops justos ou sutiãs apropriados. "Embora totalmente antiestéticos, o ideal seria o uso do sutiã cirúrgico (para pós-operatórios de mama), que tem base e alças largas, feitas com tecidos de alta compressão, como poliamida e elastano. Na sua ausência, o modelo deve ter alças e laterais largos e ser, principalmente, bem ajustado. Essa é a principal dica para as corredoras", indica o mastologista Navarro.
A jornalista e coordenadora de mar¬keting Julianna Antunes, que corre há 10 meses e participa de provas regularmente, conta que nunca sentiu incômodos durante a corrida. "Acredito que correr sem nada ou com o top muito largo, realmente pode levar os seios a caírem. Mas, se usar o top certo, o mito de que correr deixa os seios flácidos não passa de lenda."
Sobre a escolha dos tops, Julianna diz que já experimentou diversas marcas e modelos e revela que, para ela, "o top ideal é aquele que não permite que os seios balancem, mas que também não aperte muito". "Por exemplo, aqueles tops retos eu não uso de jeito nenhum. Sei que algumas mulheres preferem tops que apertam, mas eles dificultam a minha respiração, especialmente quando o treino está chegando ao fim, o cansaço vai batendo e a respiração fica mais ofegante", explica a jornalista.
Já a repórter da CR Nanna Pretto, que está amamentado, também experimentou alguns modelos de tops quando decidiu retornar à corrida. A solução, já que além do peso natural dos seios, existe um volume extra gerado pelo leite materno, foi usar dois tops, um por cima do outro. Assim o reforço está garantido. "Também procuro dar de mamar ao meu bebê antes de sair para correr, para deixar os seios bem vazios, assim pesa menos. Ou extraio com a bombinha de tirar leite. Dessa forma nem lembro que estou amamentando".
Em relação ao tamanho, segundo Edgar Navarro, quanto maior os seios, maior a ação de "chicote", que ocorre por conta do peso, da ação gravitacional e também do aumento da resistência do ar. "Dessa forma, num primeiro instante, a atleta que tem seios grandes pode ter um desempenho pior, mas com treinamento adequado e orientação profissional ela poderá compensar esse aspecto. Isso porque a corrida não depende somente desses fatores. Há outros quesitos muito importantes, como resistência, força muscular, capacidade cardiovascular e respiratória."
O mastologista ainda enfatiza os benefícios que a corrida oferece para os seios. "Como todo exercício executado de forma contínua e regular, correr é extremamente positivo para algumas doenças benignas da mama, tanto na prevenção como no tratamento. É o caso das alterações fibrocísticas benignas (antiga displasia mamária), além de, junto com a dieta e os fatores reprodutivos, auxiliar na prevenção do câncer de mama", conclui Navarro.
CORRENDO COM SILICONE. A personal trainer, Mariana Dib, que também apresenta o programa "Em Forma", da Rede Brasil, aderiu ao silicone em 2003, quando colocou próteses de 280 ml em cada seio. Ela conta que já corria antes da cirurgia e não sentiu nenhuma diferença ao voltar para as ruas de seios novos e maiores.
"Não procurei nenhum médico antes de correr, mas só voltei a praticar atividade física depois que o médico me liberou", lembra. Mariana diz que deixou a corrida de lado até que a prótese estivesse completamente cicatrizada e adaptada ao organismo. "Durante a corrida costumo usar um top que dá muita sustentação, que segura mesmo". "Eu acho que, se colocar silicone for uma coisa que a mulher tem muita vontade de fazer, vale a pena qualquer negócio. Hoje em dia, nem lembro mais que tenho prótese", comemora.
Para o cirurgião plástico Ivan Abadesso, titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, essa é exatamente a sensação da mulher que adere ao silicone, acrescentando que o implante não representa nenhum incômodo para as corredoras.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dia do Profissional de Educação Física

A Educação Física muda sempre, cresce constantemente, evolui rapidamente. Ela quer mexer não só com o corpo, mas com a cabeça das pessoas.
A Educação Física quer entrar na vida das pessoas de uma vez por todas. Ela quer abrir os olhos das pessoas para as atitudes facilitadoras do bem-estar. É preventiva e remediadora. Ela ensina a fortalecer para não fraquejar, alongar para ser flexível, trabalhar a respiração para poder persistir. Ela vira você de cabeça para baixo e pernas para o ar para que você veja o mundo de outro ângulo. Ela põe você diante de um adversário para que você aprenda a vencê-lo e entenda o porquê das derrotas. Ela o desafia para que você vá até onde não sabia que era possível. E você descobre que suas pernas têm autonomia e força para alcançar seus sonhos.
Educação Física é autoconhecimento. É o aprendizado do corpo: você aprendendo sobre ele e com ele, ao longo da vida. O caminho mais prazeroso para a mudança de comportamento na direção do bem-estar e da felicidade plena.
Vamos em frente!
1° de Setembro – Dia do Profissional de Educação Física
Parabéns a todos!!!
Professora Luciana Nobre

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Corrida Duque de Caxias em Jacobina


Jacobina recebeu neste domingo, dia 29 de agosto de 2010, a 25ª Corrida Duque de Caxias. A prova realizada pelas ruas da cidade, e contou com a presença de milhares de corredores para a disputa dos percursos de 5 km e 10 km. Com largada às 8h para os 10km e 8h e 30min para os 5km, o tempo seco e quente atrapalhou um pouco, afetando um pouco a performance dos participantes.

O percurso foi reto, sem subidas e descidas isso facilitou um pouco para os corredores exaltou a Professora de educação física Luciana Nobre.

Desafio é o que importa
Impressionada com os desafios que a corrida poderia proporcionar, a professora Luciana Nobre começou a sua paixão pela atividade física e aeróbia.

“A corrida tem muitos desafios, o que me deixa bastante motivada para continuar a correr. Procurar cumprir suas metas e recriá-las conforme o avanço é bem prazeroso”, disse a professora de 40 anos, sendo 15 deles de muita corrida.

Mas nem tudo são flores. Luciana sofreu com o sol e o tempo seco logo de manhã. “Logo às 8h o tempo já estava quente e com baixa umidade. Esse tipo de clima só dificulta a pratica da corrida”, exaltou.

Amor a primeira vista
Mesmo correndo há pouco tempo, Laudiceia não teve dúvida sobre sua paixão pela atividade física. A Corrida Duque de Caxias foi sua primeira competição após emagrecer 32 kg, mas tudo com o mesmo propósito: correr e correr bem.

“Mesmo com pouco tempo de passadas já sinto algo diferente. Comecei querendo emagrecer, mas não imaginava o quanto eu poderia gostar do esporte”, disse Laudiceia aluna da professora Luciana Nobre.

Quando perguntado sobre sua nova experiência, Laudiceia fala “ Foi uma nova influência na minha rotina e já virou um vício pra mim”.

Parabéns Laudiceia pela sua persistência e determinação !!!! Sua personal trainner Luciana Nobre

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

IMPORTANTE DICA AOS CORREDORES

O sódio é um nutriente essencial ao bom funcionamento do nosso organismo. Este mineral auxilia na manutenção de nossa pressão arterial e é também imprescindível à função normal de nossos músculos e nervos. A necessidade para adultos sedentários ou que praticam atividade física leve é de 2000 mg por dia, porém indivíduos ativos, principalmente aqueles que praticam atividades com duração superior a uma hora devem consumir maiores quantidades de sódio para evitar a hiponatremia (queda da quantidade de sódio no sangue).
Em maratonistas, a hiponatremia é geralmente dilucional, ou seja, causada pelo excesso de água no sangue. Isto ocorre já que corredores de longa distância possuem mais tempo e mais oportunidades para ingerir líquidos em quantidades excessivas. Os sintomas da hiponatremia às vezes são imperceptíveis, porém o comum é que evoluam causando distensão abdominal, náusea, fadiga, vômitos, dores de cabeça, desorientação, e até complicações mais graves como a parada respiratória, coma, danos cerebrais e morte.
Como prevenir a hiponatremia?
Treinando. Atletas bem treinados apresentam um menor risco para a hiponatremia, já que, além de conhecerem melhor seus corpos e seus limites, costumam correr mais rápido, ingerindo menos líquidos do que os corredores mais lentos. Além disso, quanto mais treinado o atleta, melhor é sua adaptação ao calor, ao estresse e menor é sua perda de sódio no suor.
Hidratando-se adequadamente. Evite ingerir apenas água em provas longas. O ideal é consumir bebidas isotônicas, que contenham pelo menos 0,5 a 0,7 g de sódio por litro de solução. Em provas longas é importante ingerir também alguma fonte de carboidrato para manter a concentração de glicose sanguínea em níveis ótimos. Busque soluções que contenham também sódio. A maioria dos géis de carboidratos contém cerca de 55 mg de sódio a cada 40 g
Ajustando. Como cada pessoa perde uma quantidade diferente de água e sais minerais, já que esta perda varia de acordo com o treino, o peso, o sexo, a temperatura e a umidade do ambiente, o ideal é descobrir qual é a quantidade de água geralmente perdida durante os treinos. Para isso deve-se pesar antes e depois da corrida. Além disso, como a quantidade de sódio perdida no suor não é igual de indivíduo para indivíduo, estes ajustes devem ser feitos preferencialmente nos dias dos treinos. Se achar complicado peça ajuda a um treinador, médico ou nutricionista. A não reposição de líquidos costuma ser menos grave do que a não reposição de sódio.
As bebidas isotônicas nem sempre repõem todo o sódio perdido. Se você transpira muito ou se o seu suor é muito salgado, seja mais cauteloso. As principais marcas disponíveis no mercado fornecem cerca de 440 mg de sódio por litro. Como a cada quilo de peso perdido você precisa repor entre 700 e 1000 mg de sódio e mais o equivalente em líquido, o isotônico precisará ser complementado com outras fontes de sódio, ou seja, para um quilograma perdido, você deverá ingerir 1 litro do isotônico, que fornece 440 mg de sódio. Se você tiver ingerido um sachê de 40g de maltodextrina, terá consumido também mais 55 mg de sódio. Portanto, 440 + 55 = 495 mg.
Para atingir pelo menos os 700 mg mínimos que deveriam ser repostos ainda faltam 205 mg de sódio. Veja abaixo, algumas opções para essa complementação.
Opções de sal extra
3 biscoitos salgados
0,5 g de sal (1/2 sachê)
35 g de pão francês
1,5 fatia de pão de forma
50 g de queijo muzzarela
65 g barra energética (varia de acordo com a marca)
1 unidade dos suplementos Thermolabs, Saltstick,
Lavasalts ou Endurolytes

domingo, 22 de agosto de 2010

10 erros comuns antes da prova

1) NÃO PROCURAR SE INFORMAR SOBRE A CORRIDA. Ao contrário de anos atrás, quando se ia para uma prova sem muitas informações, e as surpresas aconteciam, atualmente o corredor tem facilidade para saber sobre os eventos, através de publicações e pelos inúmeros sites voltados ao segmento. A CR procura cumprir esse papel e está sempre disponível para esclarecer dúvidas sobre provas não apenas no Brasil, como também do exterior.
2) NÃO DESCANSAR O SUFICIENTE NA SEMANA. Apesar de existir toda uma teoria sobre treinamento, envolvendo várias fases de preparação, na prática sabe-se que a maioria dos corredores não realiza um planejamento de médio e longo prazo, com exceção, talvez, quando se tem em vista uma maratona ou um evento semelhante. Dessa forma, se a prova é de 10 km ou uma meia-maratona, o que se faz é realizar treinos mais rápidos e mais curtos ou um pouco mais longos e não tão fortes, para essas duas situações citadas como exemplo. Não é nada "científica" tal preparação, mas é corriqueira, porque acaba funcionando de alguma forma. Só que muitos costumam manter ou até intensificar os treinos na semana da prova, para não perder condicionamento, o que geralmente é um erro, pois se vai chegar na competição não devidamente descansado. Uma regra que os mais experientes logo constatam é a seguinte: treinos excelentes durante a semana, prova ruim no fim de semana. Portanto, para a próxima competição, opte por fazer a última semana leve, mesmo porque está provado que não se perde condicionamento em alguns poucos dias de descanso.
3) FAZER UM CAFÉ DA MANHÃ DIFERENTE DO HABITUAL. Esta recomendação está em todos os lugares e já é um lugar comum. Mas ao contrário de outras que vem sendo contestadas ou colocadas em dúvida (pela Contra-Relógio), como a necessidade de alongamento imediatamente antes de começar a correr ou a recomendação para se beber um copo d´água a cada 20 minutos, esta continua valendo e deve ser seguida, para que não se tenha surpresa antes da largada ou durante a prova. Com o agravante que banheiros costumam estar sempre cheios na área da concentração e raramente são encontrados no percurso...
4) USAR ROUPA OU TÊNIS NOVO. Outro alerta que se lê em todos os sites, revistas etc, mas curiosamente não costuma ser levado em conta por grande parte dos corredores, seja porque o desejo de estrear algo novo bate mais forte, ou porque não se considera tal recomendação como muito importante. É verdade que hoje em dia a vestimenta para a prática da corrida é algo especializado para dar o maior conforto possível ao esportista, assim como os tênis parecem que já vem "pré-amaciados", tal a qualidade que apresentam. Mas, mesmo assim, não vale a pena correr o risco de sofrer um incômodo durante a prova, por conta da roupa ou do calçado, recomendação válida especialmente para as mais longas, onde o problema tem mais chance de aparecer.
5) IR PARA A PROVA, COM POUCA ANTECEDÊNCIA E NÃO SABENDO PRECISAMENTE O LOCAL. Em várias cidades os participantes já conhecem bem onde as corridas costumam acontecer, mas não se pode esquecer que mudanças de trânsito, até por conta do evento, são sempre possíveis de ocorrer, daí este alerta, que merece especial atenção quando se trata de provas em outras cidades. Só quem já chegou atrasado para uma largada sabe o quanto é desagradável. Efetivamente, não é uma experiência que valha a pena passar.
6) NÃO PASSAR VASELINA. OUTRA RECOMENDAÇÃO CONHECIDA E MUITAS VEZES ESQUECIDA. Ela é indicada notadamente para os dias mais frios, para os corredores mais pesados e quando da participação em percursos longos. Além dos mamilos, sugere-se passar vaselina também entre coxas e na parte genital. Alguns gostam de usar o produto nos pés, igualmente para evitar assaduras, mas é necessário atenção para não exagerar, para que os pés não fiquem "dançando" na meia/tênis.
7) ALONGAR POR MUITO TEMPO. Este hábito já está arraigado entre inúmeros corredores, ainda mais que várias são as provas que fazem uma seção de alongamento pouco antes do tiro de largada. Como a revista mostrou em edições anteriores, esse "puxa-estica" imediatamente antes de começar a correr não traz qualquer ajuda (para evitar lesões ou para correr melhor) e pode até prejudicar a performance. O indicado é que se faça um simples aquecimento, através de trote, ou que se comece sem forçar, para ir acostumando a musculatura.
8) FICAR BEBENDO BASTANTE LÍQUIDO ANTES DA LARGADA. Da mesma forma que os alongamentos antes do começo de uma corrida, a falta do que fazer leva muita gente a ocupar o tempo ingerindo líquidos, para começar a prova "bem hidratado". O problema é que as pessoas exageram, e o resultado é a necessidade de parar no percurso, mesmo que a distância seja de apenas 10 km, para urinar. Antigamente acontecia de algumas corridas não garantirem um bom abastecimento durante o trajeto, mas agora o que se vê é até o contrário, com inúmeros postos de água e isotônico, daí não ter muito sentido essa preocupação com a hidratação prévia.
9) ESQUECER DE AMARRAR FIRME O TÊNIS. Naturalmente que todo mundo sabe da importância de amarrar bem o tênis, ainda mais que se precisa prender o chip. Acontece que mesmo quando essa operação é feita com cuidado, os cadarços podem se soltar durante a competição, atrapalhando o corredor e o fazendo perder algum tempo. Isto acontece especialmente quando está chovendo ou quando se transpira muito (ou se joga bastante água no corpo), fazendo com que os cadarços se amoleçam e soltem. A solução é muito simples: basta dar um nó no cadarço, após o laço. Também existe um dispositivo para prender firme o laço, enquanto alguns preferem colocar para dentro do tênis os cadarços.
10) SE POSICIONAR O MAIS NA FRENTE POSSÍVEL. É lógico que todo mundo quer sair perto da linha de largada, para não perder tempo no momento em que o congestionamento é maior, como acontece cada vez mais em nossas corridas, especialmente as nas grandes cidades. Só que esse empenho para se posicionar na frente acaba sendo pouco producente e até perigoso, a não ser que você seja efetivamente um corredor rápido. O tempo que se perde nas largadas costuma ser inexpressivo e, além disso, as provas costumam considerar os tempos líquidos, contados apenas a partir do momento em que a pessoa passa pelo tapete da largada. E a saída entre os mais rápidos, pode acarretar uma queda e muito provavelmente alguns xingamentos ou empurrões, por estar atrapalhando os demais.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Saiba a relação entre exercícios físicos e as dietas de emagrecimento

Para quem quer perder peso, a estratégia hoje que parece consensualmente uma das mais aceitas é a de se conciliar uma dieta para redução de ingestão calórica, com a prática de exercício físico, o que geraria um maior gasto energético. Tudo tem que ser feito de forma sem exageros, porque qualquer dieta que prometa mais de um quilo a cada duas semanas, pode ser uma mentira ou um desastre.

Um importante e detalhado estudo mostrou que as pessoas que faziam um registro de tudo aquilo que haviam comido, tinham maior perda e controle do peso no regime. As vantagens disso se mantinham mesmo que as pessoas sequer consultassem depois suas anotações! O simples ato de anotar parece fazer com que a pessoa tenha uma melhor ideia de quanto ela come. Nas pesquisas de saúde pública vemos sempre que as pessoas dizem se exercitar muito mais e comer muito menos do que realmente fazem.

Para piorar, o grande desafio pra quem quer fazer tudo sem consultar um profissional, é o baixo conhecimento médio das pessoas sobre o tema. As pessoas não sabem o quanto consumir, nem quando, nem o quê. Nem mesmo a experiência parece ser uma fonte segura, pois diversas pesquisas entre atletas e treinadores mostram que mesmo entre os de alto desempenho há um baixo conhecimento teórico sobre nutrição.

Não importando a pessoa, a sensação de sede é um excelente indicador de hidratação, mas a fome não é um indicador nada confiável de necessidade energética! Vejamos algumas armadilhas que já falamos aqui.

- A simples exposição a comerciais de fast food faz com que comamos mais;
- Algumas cidades americanas decidiram colocar valores calóricos nos cardápios das lanchonetes, mas o consumo não se alterou;
- As cadeias de lanchonetes mais “saudáveis” acabam fazendo com que as pessoas comam mais por acharem que os pratos são mais leves;
- Pratos light são erroneamente subavaliados quanto aos valores calóricos;
- Testes com “combos” de redes de fast food são muito subavaliados na quantidade calórica;
- Um homem quando acompanhado de uma mulher come mais do que sua média, enquanto ela come menos que o habitual;
- Pessoas instruídas a caminhar um pouco consumiam muito mais quando a elas se dizia que haviam feito exercício físico;

Ou seja, nossa decisão de comer ainda é muitas vezes um grande mistério sem lógica. Uma recente pesquisa da pesquisadora Dolores Albarracín, da Universidade americana de Illinois, mostra que a simples menção a campanhas de praticar exercício faz com que comamos mais, mesmo sem se exercitar. No estudo temos que as pessoas expostas a pôsteres simples com dizeres como “matricule-se em uma academia”, ou “pratique caminhada”, fez com que os estudados comessem muito mais do que os expostos a mensagens neutras! Ou seja, o simples gesto de ler algo relativo a exercício, já os fez consumir 30% mais, como se eles já estivessem treinando!

Então, preste atenção no que você come no dia a dia e o quanto faz de atividade física, para obter um equilíbrio e evitar brigas desnecessárias com a balança.

terça-feira, 17 de agosto de 2010


Eu no mural do circuito inverno adidas

Competências

Segue aqui uma reflexão sobre as competências profissionais valorizadas atualmente. O que vale mais o conteúdo ou a forma? Será que dá para separá-las?
Boa leitura…
Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente.
Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou Marketing pessoal.
Figuras como o Raul.
Eu conheço o Raul desde os tempos da Faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio. Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho – com tinta nanquim. Já o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que o seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase. Deu no que deu.
O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena – que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas.
No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de “paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino”. E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo. Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos. E quem era o chefe do Pena?
O Raul. E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito. O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação. Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava. Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito. Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa. Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta. E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta. O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.
Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul.
E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de um valor inestimável: ele entendia de gente. Entendia tanto que não se preocupava em ficar na sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos. E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler,que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima: “Qualquer tolo pode pintar um quadro. Mas só um gênio consegue vendê-lo”, costumava dizer Butler. Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas. Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert, e todo pintor comum, um gênio.
Max Gehringer, Revista EXAME – 15/09/04

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mexa-se


A ação dos profissionais de Educação Física perante o mercado mudou de tal forma que hoje eles querem mexer não tanto com o corpo, mas muito com a cabeça das pessoas.

A intenção dos profissionais mais sintonizados e comprometidos com as novas tendências desse mercado é mudar a maneira de pensar, é interferir no comportamento de quem ainda não foi persuadido a adotar uma postura saudável na vida.

É preciso contagiar mais e mais pessoas com essa vontade de se cuidar, de manter a mente viva e disposta, de usufruir das maravilhas que o ser humano é capaz de fazer com seu corpo e viver na plenitude do bem-estar.

O exercício físico quer fazer parte da história de pessoas vencedoras que precisam e querem mudar seus comportamentos e se tornarem melhores.

Ele quer estar presente em cada passo e em cada escolha de cada pessoa. Ora, exercício físico é Educação Física, Fisioterapia, Nutrição e por fim é Educação. De crianças, jovens, adultos, idosos, todo mundo.

A prática física quer abrir os olhos das pessoas para as atitudes facilitadoras do bem-estar. É preventiva e remediadora. A prática freqüente ensina a fortalecer para não fraquejar, alongar para ser flexível, trabalhar a respiração para poder persistir.

Ela desafia as pessoas para que elas possam ir até onde não sabiam que era possível. A prática regular de exercícios físicos gera autoconhecimento. É o aprendizado do corpo e da mente: todos aprendendo sobre ele e com ele, ao longo da vida

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Eu, Renato e Claudia
Circuito Inverno Adidas 08/08/10

Pensamento positivo para correr melhor

Eu e Paulo Emilio na Corrida Circuito Inverno Adidas 08/08/10

Sua mente está preparada tanto quanto seu corpo para encarar os desafios? Veja como fazer dela uma poderosa aliada em suas corridas.
Você define uma meta - correr 3, 5, 10, 42 quilômetros. Foca no treinamento físico, seu corpo responde bem aos exercícios e, ao final, parece estar 100% para enfrentar qualquer desafio. Mas será que sua cabeça acompanhou o ritmo? Longe de querer ser uma reportagem de auto-ajuda, nosso objetivo aqui é mostrar que além de acumular quilometragem você deve "treinar" sua mente. Essa "preparação psicológica" - que envolve desde mentalizar imagens positivas a controlar as emoções antes e durante uma prova ou treino importante (como um longão) -, pode ajudar consideravelmente em sua próxima corrida.
Por meio das mais diversas pesquisas, cientistas já mostraram o quanto a mente tem influência sobre o corpo e o bem-estar. Uma delas, inclusive, foi realizada com atletas. Em um primeiro momento eles eram convidados a repetir a seguinte frase: Meus braços são fracos, meu corpo pesa muito, estou em má forma. Em seguida, tinham de fazer flexões de braços. O desempenho foi péssimo para todos. Algumas horas mais tarde, foram orientados a trabalhar a cabeça de maneira mais positiva: Meus braços são fortes, meu corpo é leve, estou em boa forma. Na hora das flexões, os resultados foram surpreendentemente melhores.
"Apenas o fato de pensar em um evento estressante, negativo ou de muito medo já dispara em nosso organismo uma série de mudanças bioquímicas e físicas (cortisol, adrenalina, tensão muscular, respiração ofegante, batimentos cardíacos acelerados), que alteram cérebro e corpo, a fim de reagir prontamente, se defendendo. Essa reação tem o nome de luta ou fuga e é produto da evolução da espécie humana", explica a psicóloga do esporte Carla Di Pierro, do Instituto Vita, de São Paulo.
SOMOS UM SÓ. De atletas de elite a corredores comuns, somos corpo e mente, não apenas um ou outro. "A visão dualista de Descartes é ultrapassada, mas muitos insistem em enxergar corpo e mente separados, o que é um grande erro. O bom atleta é bem preparado física e emocionalmente para lidar com os treinos e a competição. E assim como treinamos o corpo e ganhamos condicionamento, podemos treinar como agir, o que pensar e como se comportar durante a corrida", orienta Carla Di Pierro.
Segundo Daniela Szeneszi Lops, psicóloga do esporte e mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina, a cabeça pode ser treinada desde o primeiro dia em que você começa a correr. "O corredor deve traçar objetivos bem simples e alcançáveis, para ir aumentando a motivação e a autoconfiança, como por exemplo correr três quilômetros sentindo-se bem. Ou seja, tire um pouco o foco da performance e desloque-o para as sensações na hora do exercício. Isso vale para qualquer quilometragem", diz a especialista.
A maneira de interpretar e valorizar os eventos que acontecem ao redor do seu treino e como seu corpo está no momento é outro fator importante para a "malhação mental". Afinal, a cabeça segue nossas instruções. Se você se enxerga cansado, se arrastando, muito provavelmente é isso que vai acontecer. Ao contrário, se mentaliza boas passadas, respiração ritmada e postura, suas chances de correr melhor aumentam, porque seu cérebro entende que é assim que é para fazer. "Alguns atletas se imaginam como super-heróis correndo e isso os ajuda a manter postura interna e externa para ter melhor performance e motivação", acredita Daniela Lops.
Em uma competição, a tática também é válida. A psicóloga do Instituto Vita conta que é como se a gente usasse uma ‘lente de contato': se você valoriza a corrida como uma prática saudável e compete porque sente prazer, a prova será interpretada por esta ‘lente' como algo positivo e prazeroso. Agora, se você enxerga a competição como ‘o grande momento de aprovação da sua vida, algo penoso e difícil', provavelmente não vai se motivar a correr uma prova ou competirá com muito esforço e dificuldade, levando a alta ansiedade e ficando muito vulnerável às sensações de dor e fadiga.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ser um é diferente de ser mais um


Quando escolhi a faculdade de Educação Física, o fiz por ter praticado alguma modalidade esportiva na adolescência, mas também por acreditar na profissão e querer ganhar dinheiro.No primeiro momento, ouve desaprovação por parte da família, que tinha uma visão distorcida do curso, aliás, muito disso é culpa de alguns colegas que insistem em não saber se posicionar profissionalmente perante a sociedade. A conseqüência é a baixa valorização que recebem em troca. Comecei a observar as oportunidades que o mercado estava oferecendo, pois se o primeiro bilhão da economia veio através dos automóveis, o segundo aconteceu através da informática. Esses fatos resultaram em pessoas cada vez mais sedentárias, portanto, em algum momento, o terceiro ou o quarto bilhão deveria ser algo relacionado à saúde e atividade física. Logo, era para isso que eu deveria me preparar.Mas, como todo começo é difícil, trabalhei como “estagiário” e como funcionário em escolas, clubes e academias, pois em determinados momentos o mercado de trabalho restringe as opções, obrigando a trabalhar naquilo que não se gosta. Portanto, se aqueles estágios e empregos eram momentâneos e exploradores, por outro lado fortaleciam as minhas convicções de buscar ser o melhor. Assim, fui me posicionando como destaque perante os colegas e o mercado. Enquanto muitos profissionais se preocupavam com o próprio corpo, em ficar se exibindo para o sexo oposto e trabalhando em demasia em locais que não os valorizava, eu investia as minhas parcas economias em livros, em cursos, em eventos e principalmente em viagens. Estas, aliás, significam grande investimento pois se conhecem outras culturas, línguas, comidas, músicas, lugares, fazem-se ótimos networks e se volta renovado para a realidade, cheio de novas idéias. E são essas idéias que se transformam em grandes negócios, impedindo a acomodação, estimulando a criação de soluções para situações vividas por clientes e outros profissionais, tornando-se um diferencial do trabalho, vez que agrega valor ao serviço.Sempre acreditei que não se deve desperdiçar energia com improviso ou imprevisto. Embora o improviso nessa área seja tolerável e aceito em muitos casos, o planejamento é mais seguro. Planejar a vida, a carreira, é inevitável, mas é preciso ter um foco, tanto no prazer quanto no trabalho. Quando se faz isso, a autoconfiança transborda e contagia todos a volta. Tornamo-nos referência para todos.Com o passar dos anos o foco, o acumulo de experiência, unido ao embasamento científico, permitem a obtenção de inúmeras conquistas profissionais. Nesse sentido não nos contentamos em apenas ministrar ou controlar uma sessão de treinamento físico, queremos também que algo útil de nós permaneça na vida das pessoas. Nessa hora, o sucesso se faz presente e é bom aproveitar a onda de boas novas e ir além do que podíamos imaginar, ou do que não queríamos acreditar, pois o pensamento positivo nós ajuda a interpretar os anseios dos nossos clientes. Assim, desenvolvemos novas e melhores maneiras de ajudá-los a experimentar as renovadas emoções que a atividade física pode oferecer.Essas informações são essenciais aos dias de hoje. Daqui a 20 ou mais anos serão as mesmas? Talvez algo mude. Porém se nós mantivermos saudáveis, curiosos, atentos ao que esta se passando, entenderemos a contemporaneidade sem risco de errar. O bom profissional sempre terá espaço no mercado de trabalho.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Corrida um santo remédio

Colesterol, triglicerídeos, diabetes, glicose... Correr melhora os resultados de seus exames clínicos e, de quebra, deixa o condicionamento físico e a estética em dia.
Manter o corpo jovem, bonito, saudável, aliviar as tensões do dia-a-dia e elevar a auto-estima. Tudo isso a corrida pode fazer para você. Mas se pensa que parou por aí, saiba que os benefícios desse esporte vão além, pois quem corre ganha um aliado de peso contra muitos problemas de saúde. "A corrida dá maior disposição e melhora a condição física, e ainda auxilia na redução do colesterol, do percentual de gordura, da pressão arterial, aumenta a capacidade pulmonar, ajuda em casos de diabetes e dá mais regularidade ao sono", explica Alexandre Salício, diretor da Cronos Assessoria Esportiva.
Segundo Nabil Ghorayeb, cardiologista e médico do esporte do Hospital do Coração (HCor), a prática de exercícios físicos, de forma geral, e a corrida, em particular, trazem muitos benefícios para a saúde. Aliada a hábitos alimentares saudáveis, ela pode ajudar a diminuir os níveis do colesterol ruim e elevar a quantidade do colesterol bom, por exemplo.
"Uma das maiores vantagens da corrida é que ela estabiliza o endotélio, camada que envolve a parede interna dos vasos sanguíneos e protege contra o depósito de gordura em seu interior. Um enfraquecimento do endotélio pode levar à má circulação e provocar um enfarte. O exercício é capaz de melhorar as funções desse órgão e, portanto, colaborar para diminuir os riscos de enfarte", esclarece Ghorayeb. Além disso, a corrida também diminui os níveis de triglicerídeos - que em alto nível pode aumentar a ocorrência de doenças coronarianas.
"Em agosto de 2007, aos 28 anos, estava sofrendo com insônia e muitas dores de cabeça. Minha pressão era de 15 por 10, e, com 1,70 m de altura, pesava 81 quilos. Então eu resolvi ir ao médico, que deu o veredicto: ou você emagrece ou terá de tomar remédio para controlar a pressão". A história é de André Tadeu Ramos, de São Paulo, que precisou da sentença médica para retornar à atividade física, deixada de lado, em 2002, depois do seu casamento.
André conta que depois de um mês de caminhadas leves começou a correr. "Após a fase de adaptação, já passei a sentir os efeitos positivos. Meu sono se tornou outro, passei a dormir a noite inteira e, mesmo que às vezes dormisse menos, eu tinha uma sensação de estar refeito completamente no dia seguinte. Cinco meses depois eu tinha emagrecido cinco quilos e minha pressão começou a baixar", afirma. Há um ano praticando a corrida, André está 14 quilos mais magro e sua pressão arterial estabilizou em 10 por 7. E ele é enfático ao dizer que todo o seu trabalho é acompanhado de perto pelo médico. "Também quero deixar claro que não utilizei nenhum medicamento, foi tudo uma questão de mudar a alimentação e praticar exercício físico", explica.
SAÚDE É O QUE INTERESSA. Alexandre Salício comenta que a corrida possibilita, no caso do colesterol, uma melhor dilatação dos vasos sanguíneos, aumentando o diâmetro desses vasos. Com isso, o fluxo do sangue acaba sendo maior e a gordura excedente no sangue é utilizada como combustível para a atividade física. "Com a pressão arterial acontece uma coisa bem parecida, porque a corrida aumenta a capacidade circulatória e, com a maior vascularização, o esforço do coração para bombear o sangue é menor", diz. Correr também ajuda quem sofre com distúrbios de sono. Isso porque a atividade física permite um gasto calórico e um cansaço maior, assim o sono passa a ser mais tranqüilo. "Os níveis de estresse também diminuem, já que correr libera endorfina e adrenalina, trazendo bem-estar ao corredor", completa Salício.
De acordo com Ghorayeb, a corrida também colabora com a melhora de problemas respiratórios. "Esse esporte ajuda a fortalecer a musculatura do tórax, o que, conseqüentemente, permite uma respiração melhor, com mais facilidade. Mas é importante ter acompanhamento médico para evitar crises durante a prática da atividade, que são menos freqüentes com o passar do tempo", diz. E Salíicio completa: "o importante é lembrar que nada é em curto prazo na corrida; a evolução acontece de forma gradativa".
O professor de história José Luiz de Sousa, de 45 anos, começou a correr há um ano e meio. "Meu maior problema era o peso, 97 quilos, e a pressão, que estava muito elevada. Hoje estou com 80 quilos, minha pressão arterial normalizou, estou super produtivo e consigo correr 11 km em 60 minutos. Sei que não é um tempo olímpico, mas para mim vale muito".